Ricardo Barros participou de coletiva sobre a doença
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta quinta-feira (2), que os recursos investidos pelas regiões para conter o surto de febre amarela serão ressarcidos pela União. O ministro participa de coletiva de imprensa sobre a doença, junto com equipe técnica. A coletiva foi transmitida ao vivo pelo governo, e o ministro afirmou que já foram disponibilizadas 8,2 milhões de doses extras da vacina.
“Há doses suficientes da vacina contra a febre amarela para atender as regiões com recomendação de vacinação. As doses extras de vacina são um adicional ao quantitativo de rotina do Calendário Nacional de Vacinação. Desde o início deste ano, o Ministério da Saúde tem enviado doses extras aos Estados com casos suspeitos. Estamos com 90% de cobertura nos municípios com recomendação da vacina”, esclareceu.
Ricardo Barros também declarou que o Ministério antecipará 40% de recursos extras para ações de vigilância em saúde. O Ministério da Saúde também prepara uma campanha publicitária sobre a doença.
Febre amarela silvestre
A equipe do Ministério da Saúde também esclareceu que todos os casos registrados até agora são de Febre Amarela Silvestre (FAS). Essa modalidade – diferente da modalidade urbana, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A FAS é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus, que pode levar à morte em cerca de uma semana se não for tratada rapidamente. Ela é comum em macacos, que são os principais hospedeiros do vírus. De acordo com o Ministério, técnicos auxiliam o monitoramento dos animais em áreas de risco.
Outra questão esclarecida pela equipe é o perfil de quem é contagiado pela febre amarela. Márcio Garcia, coordenador de vigilância epidemiológica do Ministério, explicou que homens que vivem em áreas rurais representam a maioria dos casos.