Empresa de gestão de UTI diz que dívida do hospital é de R$ 2 milhões
A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital do Câncer Alfredo Abrão é gerida pela Intelad Gestão em Saúde desde 1º de novembro de 2016. Segundo o diretor do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) Lázaro Santana, “desde que a empresa iniciou as atividades não obedece às convenções coletivas, não realiza os pagamentos no dia certo e não respeita com os acordos. A situação é muito grave porque a empresa não consegue sequer arcar com direitos básicos do trabalhador”.
Segundo o presidente do Sindicato, a empresa não tem cumpre com suas responsabilidades em relação aos pagamentos dos funcionários dos hospitais em questão.
Conforme as informações, funcionários do Hospital do Câncer ainda não receberam o décimo terceiro salário proporcional que venceu em dezembro de 2016. Além disso, Santana afirma que no último mês a Intelad se comprometeu a pagar multa de 10% do salários dos trabalhadores em razão do atraso no pagamento dos salários, porém, o acordo foi descumprido.
A reportagem do Jornal Midiamax indagou a empresa sobre a situação e, em resposta informou que “os problemas que resultaram no atraso de pagamentos de funcionários são decorrentes dos atrasos de repasses do Hospital e que essa dívida já chega a quase R$ 2 milhões”.
A assessoria de imprensa do Hospital do Câncer alega que a entidade não reconhece tal dívida. “O hospital está em dia com pagamentos, todos feitos e comprovados com notas fiscais”. Segundo declaração do hospital, houve atrasos de pagamentos no semestre passado por conta da falta de repasses da Prefeitura de Campo Grande, durante a gestão de Alcides Bernal e alega que todas as pendências já foram quitadas.
A Intelad afirma que efetuou “inúmeras tentativas de acordo com a Diretoria do Hospital de Câncer Alfredo Abrão e não havendo a normalização do repasse, foi então determinado a suspensão do atendimento na UTI”. Segunda a empresa, o atendimento será normalizado e os pagamentos realizados aos funcionários assim que os repasses do Estado e da Prefeitura forem pagos.
O Hospital do Câncer anunciou que ainda em março vai rescindir o contrato com a Intelad “para conseguir gerir a UTI de forma mais adequada” e que a empresa “tem total liberdade para procurar a Justiça”. Conforme explicado, não haverá prejuizos aos pacientes nem aos funcionários que já trabalham no setor, pois serão priorizados na recontratação.