Índices de transtornos de ansiedade são o triplo da média mundial
O Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina com uma média que supera os índices mundiais. Dados publicado nesta quinta-feira (23) pela Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 322 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença, 18% a mais do que há dez anos. O número represent 4,4% da população do planeta.
No Brasil, a OMS estima que 5,8% da população seja afetada pela depressão. A taxa média supera a de Cuba (5,5%), a do Paraguai (5,2%), além de Chile e Uruguai (5%).
Segundo o estudo, no caso global as mulheres são as principais afetadas, com 5,1% e, já entre os homens, a taxa é de 3,6%. Em numeros, metade dos 322 milhoes de vítimas da doença vivem na Ásia.
De acordo com a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo, em cerca de 7,5%. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano.
Ansiedade
Além da depressão, a entidade indica que, pelo mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005.
Uma vez mais, o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade. A taxa, porém, é três vezes superior à média mundial. Os índices brasileiros também superam de uma forma substancial as taxas identificadas nos demais países da região. No Paraguai, a taxa é de 7,6%, contra 6,5% no Chile e 6,4% no Uruguai.
Em números absolutos, o Sudeste Asiático é a região que mais registra casos de transtornos de ansiedade: 60 milhões, 23% do total mundial. No segundo lugar vêm as Américas, com 57,2 milhões e 21% do total.
No total, a OMS ainda estima que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais gerem uma perda econômica de US$ 1 trilhão para o mundo.
