Recomendação tem como base últimos casos da doença
Diante dos 14 casos suspeitos de Influenza A H1N1 em Corumbá, entre eles uma morte confirmada e outra ainda em averiguação, o MPE (Ministério Público Estadual) recomendou que o prefeito da cidade, Paulo Duarte (PT), bem como a secretária de Saúde, Dinaci Vieira Marques Ranzi, solicitem ao Ministério da Saúde o envio de doses da vacina contra a referida doença em quantidade o suficiente para atender toda a população, sendo a 4ª maior de Mato Grosso do Sul, e também para estrangeiros.
Conforme publicação do Diário Oficial do MPE desta segunda-feira (15), o pedido deve ser feito à Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde. O objetivo é abastecer a cidade para a Campanha Nacional de Vacinação que será realizada no período de 07 de maio a 20 de maio de 2016.
“Permitindo, assim, que, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, as crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional, a vacinação seja ampliada para a população independentemente da idade e/ou condições de vulnerabilidade, haja vista as características clínicas graves da doença” diz a publicação.
O texto da promotora de Justiça Viviane Zuffo Vargas Amaro ressalta que, mesmo diante da disponibilização de todas as doses, deverá ser respeitada a prioridade do atendimento aos portadores de condições e fatores de risco acima citados, como determina a legislação.
A recomendação foi feita considerante o “Boletim Epidemiológico de Fevereiro/20168, o Município de Corumbá possui 14 (catorze) dos 15 (quinze) casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG notificados/internados do Estado de Mato Grosso do Sul, e o único confirmado para Influenza A H1N1”. Além disso, que o Município registrou no mês de janeiro o primeiro óbito no Estado pela doença. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), estima-se que a influenza acomete 5 a 15% da população, causando 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos.
A doença pode ser causada pelos vírus influenza A, B e C, mas são os vírus A e B que apresentam maior importância clínica, haja vista as frequentes mutações, bem como são os maiores responsáveis pelas epidemias sazonais, também por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas e que, frequentemente, são associadas com o aumento das taxas de hospitalização e morte por pneumonia, especialmente em pacientes que apresentam condições e fatores de risco.
