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Saúde

Hospital do Câncer inaugura nova ala dia 17 e espera quintuplicar atendimento

Acelerador linear aguarda aprovação de projeto pelo CNEN
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Acelerador linear aguarda aprovação de projeto pelo CNEN

No dia 17 de outubro serão inaugurados os dois andares do HC ( Doutor Alfredo Abrão) que, com as novas instalações, vai quintuplicar o número de leitos da unidade de tratamento intensivo e duplicar o atendimento de consultas e exames. O novo prédio funcionará no mesmo terreno onde o HC atende hoje.

Segundo o presidente do HC, Carlos Alberto Coimbra, a inauguração está sendo esperada com ansiedade pela equipe do hospital, pois há uma grande demanda para este aumento de atendimentos. “Se passarmos pelos corredores, podemos verificar que estão cheios de pacientes aguardando consultas. Temos somente 6 consultórios neste prédio, no outro teremos mais 10”, explica ele.

Além dos 10 novos consultórios, 20 novos leitos de UTI estarão disponíveis e a parte de exames de imagens vai mais que dobrar. O hospital conta hoje com um mamógrafo, terá 2. Há também somente um raio-x fixo, com a inauguração o HC vai contar com mais um raio-x fixo e 2 móveis. Segundo Coimbra, os exames de ultrassom realizado atualmente são feitos em um aparelho do próprio médico que terceiriza o serviço. Assim que a nova ala for inaugurada, vai contar com dois aparelhos próprios e será necessário somente contratar um médico.

“Outra aquisição é o nosso tomógrafo, compramos um equipamento novo da marca Philips. Hoje nós usamos o serviço terceirizado em uma clínica da cidade. Dentro de 60 dias as tomografias poderão ser realizadas aqui, gerando economia para o hospital e conforto e segurança para os pacientes”, relata o presidente do HC.

Carlos Coimbra ainda relata que entre fevereiro e março outra etapa de obras será inaugurada que vai contar com mais 10 leitos de unidade semi-intensiva e 10 leitos de UTI pediátrico. “Estamos numa grande campanha e é um grande sonho inaugurar esses dois andares que melhora a qualidade do hospital, não só com os equipamentos e comodidade, mas também a estrutura física”, pontua ele.

Equipamento doado

O acelerador linear, que foi doado pela Associação de Combate ao Câncer de Goiás, deve entrar em funcionamento a partir do segundo trimestre de 2017. Segundo o presidente do HC, o equipamento utilizado para o tratar todos os órgãos do corpo está ‘prometido’ para o hospital, desde que o projeto de viabilidade seja aprovado pelo CNEN (Comissão Nuclear de Energia Nuclear). O órgão solicitou que o hospital desse entrada com as alterações do projeto somente a partir de meados de outubro, “pois a organização estava concentrando os esforços nas olimpíadas e paraolimpíadas, segundo eles, quando o País recebe eventos de grande porte, eles trabalham com a precaução de ataques nucleares”, explica ele.

Apesar de ter sido noticiado em janeiro, Coimbra informa que o aparelho foi doado em março e era necessário fazer um estudo de viabilidade, pois se trata de um equipamento de radioterapia extremamente complexo. “Nós temos o bunker, que é uma sala com paredes de um metro de espessura de concreto para impedir a radiação, e um equipamento antigo. Por isso o Governo do Estado, vendo a necessidade e urgência de trazer este equipamento para o estado, fez uma análise nos hospitais locais e verificou que o nosso era o que poderia, com uma pequena adaptação, receber o acelerador linear”.

Coimbra explica que a demora para o acelerador linear entrar em funcionamento deve-se a “um processo lento, detalhado e delicado”, pois existe a necessidade de um físico nuclear para a formulação do projeto, que é levado ao CNEN para avaliação e o retorno para ajustes. “Cerca de 80 aceleradores foram licitados pelo Governo Federal há alguns anos e somente 1 ou 2 foram instalados até hoje. Acredito que seja pelo custo do bunker, que fica em mais de R$ 2 milhões e leva 2 anos para ser construído. E também pela questão dos cuidados que envolvem todo o projeto de segurança, não só do paciente, mas de toda a população, pois se vaza alguma radiação, é extremamente prejudicial”.

Segundo Carlos Coimbra, o CNEN tem de 30 a 60 dias para analisar e aprovar o projeto e as etapas de adaptação, desligamento do equipamento antigo e instalação do novo, levam de 3 a 4 meses. “Já solicitamos autorização no Ministério da Saúde para, neste período, fazermos a terceirização da radioterapia. Fazemos cerca de 50 a 60 atendimentos por dia,  não podemos interromper o tratamento dos pacientes e nem a oferta de radioterapia.”, finaliza ele.

 

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