O “corte do cabo” está ganhando força no Brasil. Os serviços de streaming crescem, enquanto a TV a cabo perde assinantes. Em 2016, 33,65% dos lares tinham TV por assinatura.
Seis anos depois, esse número caiu para menos de um terço. Essa tendência mostra uma grande mudança nos hábitos de consumo de mídia dos brasileiros.
O preço alto e o desinteresse são as principais razões para deixar a TV a cabo. Em 2022, 53,7% dos lares sem TV paga não tinham interesse no serviço.
Outros 35,3% apontaram os custos elevados como motivo. Essa mudança está transformando o cenário do entretenimento no Brasil. O streaming de vídeo agora tem um papel central.
O crescimento exponencial do streaming no Brasil
O mercado de streaming no Brasil cresce de forma impressionante. As plataformas de vídeo on-demand conquistaram os brasileiros. Elas oferecem uma alternativa atraente à TV paga tradicional.
Em 2015, o país tinha 50 milhões de assinantes de serviços de filmes online. Em 2019, esse número saltou para 150 milhões. Isso mostra uma expansão notável do setor.
As regiões Sul e Centro-Oeste lideram na adoção de streaming. Lá, 50% dos domicílios com TV têm acesso ao serviço. O Sudeste segue de perto, com 48%.
O vídeo sob demanda domina a forma de assistir filmes. A tecnologia IPTV revoluciona o mercado com experiências personalizadas. Plataformas como Netflix e Amazon Prime Video oferecem conteúdo em HD e 4K.
A adoção de redes de fibra óptica aumentou no Brasil. Mais de 30% das conexões de internet já usam essa tecnologia. A chegada do 5G ampliará o acesso ao streaming em dispositivos móveis.
Por que cada vez mais brasileiros estão abandonando a TV a cabo
A TV no Brasil está mudando rápido. Em 2022, só 27,7% das casas tinham TV a cabo, menos que em 2016. Os brasileiros buscam opções mais baratas e flexíveis.
O corte de gastos é um motivo importante. Streaming como Netflix custa cerca de R$ 20 por mês. Já a TV por assinatura é geralmente mais cara.
A internet melhor ajuda na mudança para serviços OTT. A banda larga fixa ganhou 1,36 milhão de clientes em um ano. A TV paga perdeu 337.703 assinantes no mesmo período.
O streaming tem vantagens que a TV a cabo não oferece:
- Conteúdo sob demanda
- Programação flexível
- Preços mais acessíveis
- Conteúdo original e exclusivo
As empresas de TV estão se adaptando. A Claro TV planeja trocar seus decodificadores por Box TV até 2025. Isso permitirá acesso a canais e streaming em um aparelho só.
O declínio da TV por assinatura
A era digital mudou a TV no Brasil. Em 2016, canais pagos tinham 8,6 pontos de audiência. Agora, caíram para 2,7 pontos. Isso mostra uma grande mudança nas escolhas dos telespectadores.
TV online e vídeo sob demanda crescem. O Globoplay, com TV aberta e conteúdo próprio, atrai mais assinantes. Essas plataformas oferecem opções variadas aos usuários.
O Grupo Claro tem 3,75 milhões de clientes de TV paga. A maioria usa TV a cabo. Alguns escolhem satélite ou TV Box via fibra óptica.
A empresa quer atualizar todos para Box TV até 2025. Essa nova tecnologia une canais de TV e streaming num só aparelho.
Com uma única cobrança mensal, responde à popularidade do IPTV. Também atende à busca por flexibilidade no consumo de conteúdo.
- A audiência dos canais pagos caiu de 8,6 para 2,7 em oito anos
- Apenas 10% dos novos contratos da Claro TV são para TV a cabo
- A transição para Box TV deve ser concluída até o final de 2025
Essa queda mostra uma mudança na forma de consumir mídia. Os brasileiros buscam opções flexíveis e personalizadas. Eles querem se alinhar com o entretenimento digital moderno.
A nova era do entretenimento digital no Brasil
O Brasil vive uma revolução no consumo de mídia digital. Com mais de 30 milhões de assinantes, o streaming domina o mercado latino-americano. A fibra óptica e o 5G prometem melhorar o acesso a conteúdos em alta definição.
A TV por assinatura perde espaço rapidamente. Em dois anos, 2,6 milhões de clientes cancelaram seus planos. Enquanto isso, o streaming cresceu 20% desde o início da pandemia.
Os brasileiros buscam mais flexibilidade no entretenimento. Planos de IPTV e serviços híbridos ganham popularidade, unindo TV tradicional e streaming.
O Globoplay registra mais de 100 milhões de horas de consumo mensal. A final do BBB 21 alcançou 34,1% de audiência, um recorde em 11 anos.
Ainda existem desafios no acesso à internet rápida no interior. Porém, a expansão da fibra óptica e do 5G promete mudar esse cenário.
Esta nova era digital transforma o consumo de mídia. Além disso, impacta a produção de conteúdo nacional e a indústria criativa brasileira.
Estratégias das operadoras tradicionais para retenção de clientes
As operadoras de TV por assinatura enfrentam desafios para manter seus clientes. O avanço das plataformas de streaming é a principal causa. A Claro adota uma abordagem híbrida, oferecendo serviços tradicionais e conteúdo sob demanda.
O plano 4K Claro TV+ custa R$ 129,90 por mês. Já o Claro TV+ app ou box sai por R$ 69,90 mensais. Essa estratégia atende diferentes perfis de consumidores, misturando TV tradicional e conteúdo online.
A Claro planeja investir 40 bilhões de reais no Brasil nos próximos cinco anos. A empresa tem mais de 100 milhões de clientes anuais. Ela busca inovar para se manter competitiva no setor.
Outras estratégias incluem:
- Personalização de serviços para melhorar a experiência do cliente
- Patrocínios estratégicos, como o do Big Brother Brasil, para aumentar a visibilidade da marca
- Foco em uma experiência integrada entre físico e digital, visando atrair a geração Z
- Investimento em tecnologias como 5G, com mais de 1 milhão de veículos já conectados à rede da Claro
Essas ações buscam manter as operadoras tradicionais relevantes no mercado. O domínio dos serviços de streaming cresce. As empresas oferecem opções flexíveis e inovadoras aos consumidores brasileiros.
O impacto socioeconômico na escolha entre streaming e TV a cabo
No Brasil, a escolha entre streaming e TV a cabo está ligada a fatores socioeconômicos. Dados do IBGE mostram uma grande diferença de renda entre lares com e sem dispositivos digitais. Essa disparidade afeta diretamente os hábitos de consumo de mídia.
Famílias com maior renda preferem serviços de streaming por economia e flexibilidade. Já as de menor renda ainda dependem mais da TV tradicional. A mudança para o streaming é clara no país.
Em 2023, o Brasil faturou 1,952 milhões de dólares com vídeo sob demanda. Esse aumento vem da busca por economia e novos hábitos de consumo. A classe média tem papel importante nessa mudança.
- SVoD (Subscription VoD) lidera com receita média por usuário de 14,55 bilhões de dólares
- AVoD (Advertising-Based VoD) cresce, atingindo 6,44 bilhões de dólares
Essas tendências mostram uma grande mudança no acesso à informação e entretenimento. O streaming está ficando mais acessível para diferentes grupos sociais. Isso promove inclusão digital e diversifica o consumo de mídia no Brasil.
O futuro da televisão: convergência entre streaming e TV tradicional
A TV no Brasil está se transformando. Canais tradicionais e TV paga se adaptam à era digital. O streaming cresce, mas a TV evolui junto. A pesquisa de Brenda Parmeggiani destaca a importância da digitalização nessa mudança.
Os serviços online ganham força rapidamente. A ESPN+ alcançou 25 milhões de assinantes em cinco anos. Mas a TV tradicional mantém seu espaço. A ESPN ainda tem 74 milhões de assinantes na TV paga.
O futuro aponta para uma mistura de formatos. A Sky oferece TV por satélite e streaming DGO. Essa união traz mais opções aos espectadores. As empresas ampliam seu alcance nessa nova era do entretenimento digital.
As mudanças vão além da tecnologia. Newton Cannito acredita que o digital fortalece a TV tradicional. A televisão mantém sua essência, mas se renova. Isso desafia a ideia de que a TV está ultrapassada.
O futuro da televisão no Brasil é promissor. Ele une o tradicional ao novo, criando experiências únicas para os espectadores.