A adoção de criptomoedas no Brasil vem crescendo muito nos últimos anos, com muitos brasileiros enxergando os criptoativos como uma alternativa econômica promissora. Uma pesquisa realizada pela Coinbase revelou que uma grande parcela da população brasileira considera as criptomoedas não apenas como um investimento viável, mas também como um caminho para maior liberdade econômica.

Segundo o estudo realizado pela Coinbase, 66% dos brasileiros acreditam que os criptoativos podem aumentar a liberdade econômica e oferecer uma boa alternativa às opções tradicionais do mercado financeiro. Além disso, um 69% dos entrevistados concorda que a tecnologia cripto veio para ficar, mostrando um otimismo duradouro sobre o futuro das criptomoedas no país.

As ofertas iniciais de moedas (ICOs), por exemplo, são uma das opções de investimento no mercado de criptoativos. Elas permitem que os investidores adquiram tokens antes de serem listados nas principais bolsas. Os melhores ICOs de criptomoedas atendem critérios de inovação, potencial de mercado e segurança. E para os brasileiros que buscam ampliar sua liberdade econômica através de moedas digitais, é uma boa oportunidade.

No terceiro trimestre de 2023, o Brasil registrou um aumento de 7% no número de investidores em criptoativos, com 28% da população engajada, o maior percentual globalmente. Além disso, esses investidores não estão apenas focados em ganhos de curto prazo, mas 37% deles visam crescimento estável e de longo prazo, comparado a uma média global de 34%.

A pesquisa também mostrou que 31% dos brasileiros têm mais de 10% de suas carteiras investidas em criptoativos. Surpreendentemente, mais da metade dos entrevistados (aproximadamente 55%) planeja aumentar sua exposição a criptomoedas nos próximos 12 meses. Este interesse reflete uma série de conquistas importantes para a indústria de criptomoedas, tanto globalmente quanto no Brasil. Além disso, o relatório da Toluna destaca que a média dos investimentos dos brasileiros em criptoativos é de 72%, a maior entre as regiões pesquisadas, comparada com uma média global de 61%​.

No último ano, o Banco Central do Brasil lançou uma consulta pública sobre a regulamentação de criptoativos, com a contribuição da Coinbase. Está prevista uma segunda consulta pública, agora no segundo semestre de 2024, para discussão de normas adicionais. Esta abordagem proativa do Brasil nas discussões regulatórias demonstra o compromisso do país em moldar um ambiente regulatório adequado para todos os participantes do mercado de criptomoedas.

Está previsto que até o final de 2024, o Banco Central finalize as propostas normativas que serão a base para a regulamentação final deste setor, reforçando a estabilidade e a segurança do Sistema Financeiro Nacional​. O país está buscando não apenas acompanhar a evolução tecnológica, mas também liderar em áreas como a tokenização e a implementação de novos modelos financeiros digitais, como o projeto Drex do Banco Central, que avançará para uma segunda fase de testes esse ano.

O interesse dos investidores brasileiros pelas stablecoins, ativos digitais geralmente atrelados a moedas fiduciárias estáveis, é notável. Mais de 40% dos entrevistados preferem stablecoins lastreadas em dólar americano, e mais de 30% optariam por manter reservas na moeda nacional. As stablecoins oferecem uma forma rápida e fácil de exposição ao dólar americano, atraindo um público amplo no Brasil. As stablecoins dominaram o mercado, compreendendo 82% do volume transacionado.

A pesquisa da Coinbase também sublinhou que a segurança é um fator importante para os brasileiros na escolha de uma plataforma de câmbio de criptomoedas. Fábio Plein, diretor regional da Coinbase para as Américas, afirmou que a empresa mantém os ativos dos clientes sempre em proporção 1:1 e sem restrições para resgates ou retiradas, reforçando a posição da Coinbase como uma plataforma segura.

Além disso, no Brasil, a confiança nas plataformas de câmbio de criptomoedas é reforçada pelo crescimento do volume de transações, indicando uma grande aceitação do mercado de criptoativos. Em 2023, foram movimentados R$ 110,5 bilhões em criptomoedas só no primeiro semestre, dominados em grande parte por stablecoins como USDT.