A sequência de Fibonacci (sequencia divina) é representada por uma sequência de números infinitos que basicamente funciona assim 0,1,1,2,3,5,8,13,21,34… Ou seja, o resultado do próximo número é igual à soma dos dois números anteriores, e assim por diante. Recentemente com o avanço da ciência e da arte, fomos capazes de observar a presença dela em outros elementos mundanos e até mesmo utilizarmos nas produções artísticas, como filmes, fotografias, pinturas, entre outros.

E como surgiu?

No ano de 1202, o matemático Leonardo de Pisa “Fibonacci” publicou o “Livro de Cálculo”. Nessa obra literária, ele apresentou um problema matemático que funcionava da seguinte forma:  Um coelho macho e fêmea nascem no primeiro dia do ano, após dois meses – quando o casal chega na idade de reprodução – eles têm um casal, após dois meses esse casal tem mais um outro casal… E assim por diante. Seguindo essa lógica, quantos coelhos vão existir depois de 1 ano?

A resposta é 144 coelhos. Se você parar para analisar, a sequência de nascimentos dos coelhos corresponde aos números da ideia que Fibonacci propôs.

Sequência de Fibonacci na Natureza

Primeiramente, você deve saber que a sequência divina pode ser encontrada em diversos elementos do planeta terra e até mesmo do universo. A razão para a repetição desses números na natureza ainda é um mistério, mas isso indica um tipo de “ordem” no mundo. Provando que a matemática está constantemente presente na arte, natureza, cinema e muitas outras coisas.

Aqui estão alguns exemplos com fotos de coisas que conhecemos e que possuem a sequência:

Essa é a concha do Caracol Nautilus. Essa espécie é famosa justamente por sua concha ser uma das representações mais perfeitas da sequência de Fibonacci na natureza. Assim como a maioria dos seres vivos, ao decorrer da vida de um caracol, ele irá crescer, com isso ele precisa aumentar o tamanho de sua concha, criando um outro espeço ao lado da anterior. Se pegarmos essas proporções, iremos encontrar o encaixe perfeito da soma dos dois anteriores resultando no novo espaço.

Concha do Caracol Nautilus com a Proporção Áurea.
Concha do Caracol Nautilus com a Proporção Áurea.

É comum vermos um Girassol para demonstrar a Sequência de Fibonacci na natureza. Seus formatos em espirais desde o centro para as bordas possuem proporções exatas dos números.

Girassol amarelo com proporção áurea por cima
Girassol amarelo com proporção áurea por cima

Além dos formatos, os números são representados nas flores e árvores. Como por exemplo o lírio que possuem 3 pétalas, rosas possuem 5, a banana possui 34, flor de jasmim com 5, e diversas outras. Já as árvores, possuem a proporção em seus números de galhos.

Número de galhos seguindo a sequência de Fibonacci na natureza
Número de galhos seguindo a sequência de Fibonacci na natureza

Fibonacci na arte

Analisando o mundo da arte, pode-se observar diversas obras que usaram a proporção áurea a seu favor. Como por exemplo DaVinci, que foi um grande responsável por popularizar essa técnica em suas obras. Elementos na tela dispostos dessa forma, tendem a ser esteticamente mais confortáveis para os olhos. Pois estamos acostumados a buscar padrões e coisas simétricas por todos os lados.

Monalisa de DaVinci feita com a Proporção Áurea
Monalisa de DaVinci feita com a Proporção Áurea

Diversos quadros decorativos usam isso para alinharem as proporções da obra e deixarem esteticamente mais bonito para quem está analisando aquele quadro. Um outro exemplo muito famoso é a obra Última Ceia de Salvador Dalí:

Última Ceia de Salvador Dalí com proporção divina
Última Ceia de Salvador Dalí com proporção divina

E aí fica um questionamento, será que a sequência de Fibonacci na natureza é mesmo uma fórmula divina, uma leitura matemática do universo, ou apenas nos seres humanos que somos acostumados a buscar padrões e explicações em tudo o que vemos?