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Síndrome de Down: a inclusão para o ensino regular

Entrada da criança com síndrome de Down na escola é positivo
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Entrada da criança com na escola é positivo

 

Síndrome de Down: a inclusão para o ensino regular

Síndrome de Down: a inclusão para o ensino regular

Termos relacionados: Educação inclusiva, inclusão, sociedade inclusiva

                                                                                                                                Fonte: SEM Rushem 20/03/2018

 

“O Brasil é o primeiro país a ter uma professora portadora de síndrome de Down!!! Poxa, pensei, legal, são os programas de inclusão social… Aí me perguntei: o que será que essa professora ensina a quem????”. Essa foi a polêmica postagem feita pela desembargadora Marília Castro Neves, do , publicada no fim de semana, em sua página do Facebook. Na postagem, a desembargadora questiona o que professores com síndrome de Down podem ensinar a alguém.

Em resposta a mensagem da desembargadora, a professora Débora Seabra, primeira professora com a Síndrome de Down do país e que trabalha há 13 como professora auxiliar em uma escola particular de Natal, fez uma carta. “Eu ensino muitas coisas para as crianças. A principal é que elas sejam educadas, tenham respeito pelas outras, aceitem as diferenças de cada uma e ajudem a quem precisa mais”, escreveu a professora.

É para que situações como essas sejam cada vez menos comuns na sociedade que hoje se comemora o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data é importante para promover a reflexão sobre o papel da escola e da sociedade inclusiva. Instituída em 2006 e reconhecida pela ONU, a data tem o intuito de disseminar informações e conscientizar o público em geral sobre os processos de integração do portador de Down na vida em sociedade, no trabalho e na educação.

Segundo o último Censo (2010), estima-se que no Brasil existiam 300 mil portadores de Síndrome de Down. Em 1947, era esperado que o portador da síndrome vivesse cerca de 15 anos. A partir de 2010, a expectativa de vida passou a ser de 70 anos, bem próximo da população que não vive com a síndrome.

“Nós lutamos para que as pessoas com a síndrome ocupem o lugar que eles desejarem. Cada um deles tem suas particularidades e isso deve ser respeitado. Hoje, no Brasil, temos 54 pessoas com a síndrome de Down ocupando as universidades. O número é bem baixo, mas isso mostra que alguns lugares já estão transformando a sua forma de pensar e procurando inserir essas pessoas”, explica Lívia Borges, coordenadora da instituição Ser Down.

Composta por pais de pessoas com Síndrome de Down, a associação existe desde 1995 e um dos seus principais objetivos é integrar o indivíduo Down na sociedade, através da promoção de meios que facilitem o seu tratamento, educação básica e ingresso no mercado de trabalho. A associação está à frente do Conselho Estadual, Municipal e Nacional de Pessoas com Deficiência.

A coordenadora da Ser Down, que é mãe de um filho com a síndrome, admirou a postura e resposta da professora Débora Seabra. “É exatamente isso que a gente espera dos portadores da síndrome. Queremos que eles consigam chegar até a universidade, que eles possam se inserir no mercado de trabalho e que eles reconheçam que são pessoas que merecem respeito e que possuem desejos. Sinto-me feliz em ver meu folho caminhar. Hoje, ele faz curso de informática, vai para academia e toca violão. Ele faz as suas próprias escolhas”, comemora Lívia.

“Me acho importante e capaz. Dedico sempre a minha vitória às pessoas que me apoiaram e a todas as pessoas com deficiência, em especial, as que tem síndrome de Down. Hoje comemoro muitas batalhas e tenho muita garra para seguir em frente. Não tem outro jeito para ser campeão se não lutando”, declara Álvaro Borges, portador da síndrome e filho de Lívia em seu texto em comemoração ao Dia Internacional de Lutas das Pessoas com Deficiência.

Por acreditar no grande potencial das pessoas com Síndrome de Down e saber que seu desenvolvimento depende exclusivamente do tratamento e educação que lhes é proporcionado, é que pessoas como a pedagoga Jerusa Souza fazem parte do projeto. “Desde da faculdade de Pedagogia, há cerca de 25 anos, eu já pensava na ideia de abraçar uma causa tão nobre. Meu compromisso com o trabalho de inclusão de pessoas com necessidades especiais tem uma explicação muito simples, que é a vontade de vê-los incluídos na vida. Este é um desafio diário”, afirma.

A pedagoga acredita também, que todos que ingressam no ambiente escolar têm algo a oferecer, seja o professor ou estudante. “Pessoas com necessidades especiais também têm muito a compartilhar, seja qual for a sua condição. Eles nos ajudam a desenvolver a sensibilidade, o olhar, a ter compreensão, fraternidade e a ampliar o campo de visão sobre o ser humano e suas necessidades”, conclui.

Educação e a síndrome de Down

A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento de qualquer pessoa e produz uma série de benefícios pessoais durante toda a vida. Isso não é diferente para as pessoas com Síndrome de Down. Parte importante do desenvolvimento dos portadores da Síndrome se deve ao grau de estimulação que ele recebe e, quanto mais precoce, melhores são os resultados.

Para garantir a integração escolar de pessoas com diferentes deficiências, o Ministério da Educação baseado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU (2006) acerca de Educação Inclusiva, estabeleceu, em 2008, as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). O AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

No Brasil, conforme informações do Censo Escolar 2017, apenas 12,3% das escolas de nível básico possuem em suas dependências uma sala de AEE. E apenas 14,5% de escolas públicas contam com essa sala, entre as particulares apenas 4,6%. “Contamos com apoio de psicólogos para ajudar na inserção dessas crianças no ambiente escolar. Procuramos também fazer atividades diferenciadas com os alunos que são portadores de necessidades especiais, principalmente atividades de coordenação motora. Mas é de extrema importância que os pais continuem com o auxílio em casa”, explica Aline de Jesus, coordenadora do Educandário Sondré.

O direito à educação de forma universalizada consta na Constituição e o Art. 8 da Lei 7.853/89 define como crime a recusa da matrícula de alunos por questões relacionadas ao seu comprometimento intelectual. E essa interação é uma passo fundamental no desenvolvimento psicoafetivo e no processo de socialização dessas crianças.

A entrada da criança com síndrome de Down ou outras deficiências intelectuais na educação infantil regular costuma trazer resultados muito positivos. Assim como o Educandário Sondré, milhares de estabelecimentos de ensino parceiros do Educa Mais Brasil estão de portas abertas para crianças, com necessidades especiais ou não. Se você deseja matricular o seu filho em uma escola e ainda pagar mais barato por isso, pode contar com uma bolsa do Educa Mais Brasil. O programa oferece 50% de desconto para a Educação Básica. É só acessar o site https://www.educamaisbrasil.com.br/midiamax e procurar uma instituição mais próxima de você. A inscrição é gratuita.

Fonte: Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil

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