Dois ex-vereadores de Ladário – cidade a 425 km de Campo Grande – pediram à Justiça que o município comprove se comissionados indicados por eles exerceram a função na prefeitura. Os pedidos foram feitos pela defesa de Lilia Maria Vilalva de Moraes e Augusto de Campos em ação sobre o ‘Escândalo do Mensalinho’, em que o então prefeito, Carlos Anibal Ruso Pedroso – eleito pelo PSDB -, pagava R$ 3 mil mensais aos sete vereadores para manter a governabilidade.
Na época, além do prefeito, os sete dos 11 vereadores do município foram presos e afastados do cargo.
Conforme o pedido feito pelo advogado Dayver Magnum V. F. da Costa, que representa os dois ex-vereadores, o município deve comprovar que os indicados políticos pelos réus, na época, não exerceram suas funções. Pois, “caso tenham efetivamente exercido suas funções não há que se falar em prejuízo ao erário”.
Além do recebimento do mensalinho, as investigações apontaram que os vereadores também faziam indicações políticas para cargos na prefeitura.
Assim, Augusto teria indicado um nome para diretor escolar. Já Lilia teria indicado diversos parentes como a própria filha, irmão, tia, entre outros para diversos cargos.
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Prefeito pagava mensalinho de R$ 3 mil a vereadores, diz denúncia
O valor era repassado pelo prefeito desde março para manter uma base de apoio na Casa. O salário de um vereador do município é de cerca de R$ 6 mil, segundo o presidente. A Câmara tem 11 vereadores. Sete deles foram presos e afastados do cargo.
Na ocasião, foram presos os vereadores Vagner Gonçalves, Agnaldo dos Santos Silva Junior, André Franco Caffaro, Augusto de Campos, Lilia Maria Cillalva de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa e Osvalmir Nunes da Silva, além do secretário de Educação Helder Paes Botelho e o prefeito.
Eles são acusados de suposta prática de associação criminosa, corrupção ativa e passiva.
O processo tramita Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Ladário.