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Transparência

Tiago Vargas tenta voltar para a polícia em MS, mas PGE defende que PAD não pode ser alterado

Justiça já negou pedido para invalidar PAD que o demitiu, mas Vargas entrou com recurso
Fábio Oruê -
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Tiago Vargas foi demitido da Polícia Civil e acabou inelegível para cargos políticos. (Reprodução, Redes Sociais e Divulgação, Governo de MS)

O ex-vereador e ex-policial civil Tiago Vargas recebeu resposta da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) nos autos, após entrar com recurso em ação para anular PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar), na última semana, contra sentença negativa de dezembro de 2024.

O órgão do Governo de Estado pede que a Justiça não conheça o recurso do político, que tenta há anos reverter a demissão pelo PAD e voltar para a Polícia Civil. Vale ressaltar que Vargas também ficou inelegível e impedido de concorrer a cargo político por conta da demissão.

Assim, a PGE afirma, dentre várias contrarrazões, que o Judiciário não pode adentrar no mérito do ato administrativo, como quer Vargas. “Não pode o Poder Judiciário, desse modo, adentrar no mérito do ato administrativo para analisar a conveniência e oportunidade da sanção ou mesmo da abertura de PAD e SAD, eis que tal procedimento é vedado pelo princípio da separação dos Poderes”, alega.

Recurso

Na tentativa de reverter o resultado do PAD, Vargas também tenta desqualificar o médico que o atendeu na perícia — que atualmente atua como vereador, o Dr. Lívio Leite () — e a Junta Médica. Vale lembrar que Tiago entrou na carreira política — ainda como servidor estadual —, pois fazia oposição ao governo de (PSDB).

Assim, ele alega perseguição política na sua demissão da PCMS (Polícia Civil de ). A inelegibilidade causada pela punição fez com que ele perdesse a vaga que conseguiu na Câmara dos Deputados em 2022.

A cadeira acabou ficando com o suplente do PSD, Pedro Pedrossian Neto. Na últimas eleições para vereador, em 2024, Tiago tentou a reeleição, mas, por força da lei, acabou inapto. A Justiça Eleitoral derrubou a liminar que liberaria Vargas a se candidatar como vereador na semana do primeiro turno. Mesmo considerado inapto, o progressista recebeu 2.898 votos.

Então, a defesa entrou com recurso de apelação, em fevereiro, contra a sentença proferida em dezembro de 2024, que indeferiu os pedidos de Vargas.

Cargo na Prefeitura de Campo Grande

Em janeiro de 2025, a nomeação de Tiago Vargas no cargo em comissão de assessor especial, símbolo DCA-1, saiu em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de ).

O progressista tinha designação na Secretaria Especial de Articulação Regional, onde trabalharia com o secretário Darci Caldo. A nomeação de Tiago no cargo contava desde 2 de janeiro de 2025, apesar da publicação ter acontecido em 14 de janeiro.

Na época, ao Jornal Midiamax, a advogada especialista em Direito Eleitoral Ana Claudia Saliba citou o artigo 10 da Lei Orgânica, que dispõe sobre vedação da admissão e nomeação de pessoas que incidam nas hipóteses de inelegibilidade, previstas na legislação, para fins de preservação da probidade pública e moralidade administrativa. E, no dia 30 de janeiro, a nomeação acabou revogada.

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