A Justiça determinou o bloqueio de quase R$ 50 mil em bens do ex-vereador Claudinho Serra, por conta de uma dívida com o Banco Cooperativo Sicredi. A decisão consta no Diário da Justiça desta quarta-feira (6).
O Sicredi havia entrado com a Execução de Título Extrajudicial em outubro de 2024 para que Claudinho pagasse o título (seja contrato, cheque, nota promissória, etc.). Entretanto, apesar de envolvimento em esquema de desvio de R$ 20 milhões na Prefeitura de Sidrolândia, Claudinho não pagou a dívida.
Assim, o banco pediu o bloqueio de até R$ 48.472,84 em bens para o pagamento da dívida de CCB (Cédula de Crédito Bancário) — uma espécie de empréstimo feito com o banco. O processo tramita em sigilo. Além disso, Serra encontra-se preso, após a 4ª fase da Operação Tromper.
Porém, se o valor bloqueado for inferior a R$ 2,4 mil, os valores podem ser liberados, conforme os parâmetros do CPC (Código de Processo Civil). Claudinho ainda tem cinco dias para questionar o bloqueio ou comprovar a impossibilidade de penhora.
Desvios milionários
O MPMS deflagrou a 4ª fase da Operação Tromper em junho, após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores. A nova etapa aprofundou as investigações — que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Assim, contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica viraram alvo de fraudes. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.

Entretanto, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Na nova fase, O MPMS reuniu diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também vieram a tona.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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