Após ficar ‘sumido’, o empresário Thiago Rodrigues Alves, réu por corrupção em Sidrolândia, apareceu nesta segunda-feira (17) para dar esclarecimentos em processo judicial. ‘Thiago Nanau’, como era conhecido, é apontado como ponte entre os esquemas de corrupção que seriam comandados pelo ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB).
O empresário foi preso preventivamente na terceira fase da Operação Tromper. Contudo, deixou a prisão para usar monitoramento eletrônico.
À Justiça, informou endereço no bairro Coophavila II, em Campo Grande. Então, oficial de Justiça tentou localizar o réu no endereço fornecido.
O oficial de Justiça foi em datas distintas e em horários variados, para cumprir o ato processual. No entanto, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) destacou que o oficial não localizou Thiago.
Então, o MPMS alegou que o investigado está dificultando o andamento processual. Por isso, solicitou a prisão preventiva.
Após o sumiço, o réu apareceu nos autos do processo com manifestação. Justificou que as citações aconteceram em horário comercial. “Desta forma, seria perfeitamente normal o acusado não estar em sua residência”, afirmou.
O advogado de defesa, Fábio de Melo Ferraz, assina a manifestação. No documento, Thiago pede para “se dar por citado e se compromete a apresentar sua resposta à acusação no prazo de 10 dias”.
Vereador do PSDB comandou esquema de corrupção em Sidrolândia
O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.