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Transparência

Soraya vê sabotagem em CPI, diz que seguranças andam armados ‘até os dentes’ e leva invertida

Relatório final, produzido pela senadora de MS, pedia indiciamento de 16 empresas ou pessoas
Celso Bejarano -
cpi bets
Senadora Soraya Thronicke (Edilson Rodrigues, Agência Senado)

A CPI das Bets, instalada em novembro do ano passado para investigar o impacto que as apostas on-line provocam no orçamento das famílias brasileiras e apurar supostos nexos com o e ainda identificar danos na atuação de influenciadores que divulgam tais apostas, esfarelou com a rejeição de seu relatório final, conduzido pela relatora da investigação, a senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke, do .

A CPI surgiu com pompa de que as investigações poderiam motivar um estardalhaço no mercado das apostas on-line. Contudo, o que ocorreu foi o inverso, causou ruídos que em nada contribuíram nas apurações.

As apurações foram substituídas por troca de acusações que envolveram a relatora Soraya e o presidente da CPI, Dr. Hiran, do PP-RR.

Soraya deixou a entender em suas declarações que Dr. Hiran teria sabotado o trabalho da CPI.

No entanto, por meio de sua assessoria de imprensa, o senador de Roraima assim posicionou-se diante das declarações de Soraya.

“O senador sempre conduziu a comissão com responsabilidade, respeito institucional e compromisso com os fatos. As acusações da senadora são infundadas e tentam transformar divergências legítimas em ataques pessoais, o que compromete a credibilidade do Senado e desvia o foco do verdadeiro propósito da CPI”, diz a nota divulgada pela assessoria.

No comunicado, Dr. Hiran afirmou, ainda, que:

“A rejeição do relatório apresentado por Soraya foi uma decisão coletiva da comissão, tomada com base na fragilidade jurídica de alguns pedidos de indiciamento, o que motivou a rejeição do texto. Ficou evidente ainda, que houve tentativa de instrumentalizar a CPI para fins pessoais e midiáticos por parte da relatora”.

Soraya sustentou também em declarações à imprensa que tinha recebido ameaças, sem, contudo, revelar nomes de alguém.

O senador, em nota, fez comentário acerca das supostas ameaças:

“Se houve ameaças à integridade da senadora, que seja formalmente apresentado a denúncia e rigorosamente apuradas pelas autoridades competentes. No entanto, o senador reforça que não se pode utilizar esse contexto para propagar insinuações irresponsáveis contra outros parlamentares.

A senadora afirmou ter recebido ameaças quando preparava o relatório final da CPI das Bets.

Até os dentes

“Não tomo mais nem água, nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes”, declarou a senadora ao site Metrópoles.

Soraya também disse:

“Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”.

Sem indiciamento

Por quatro votos contra três, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets desaprovou nesta semana o relatório final da senadora Soraya Thronicke. Com isso, a comissão é concluída sem ter adotado nenhuma medida, como pedido de indiciamento das influenciadoras Virginia Fonseca e Deolane Santos.

Em dez anos, é a primeira vez que uma CPI do Senado tem o relatório final rejeitado, segundo informações da Agência Senado.

No relatório, apresentado no último dia 10, a senadora pedia o indiciamento de 16 empresas ou pessoas, incluindo as influenciadoras digitais de grande alcance nas redes sociais Virginia Fonseca e Deolane Bezerra dos Santos, com dezenas de milhões de seguidores.

Soraya Thronicke, conforme informou a Agência Brasil, argumentou que havia indícios para processar as duas por crimes como propaganda enganosa, estelionato, e uso de bets sem autorização legal.

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