Pular para o conteúdo
Transparência

Santa Casa diz que Saúde tem superavit de R$ 118 milhões e exige repasse de R$ 46,3 milhões

Hospital tenta derrubar tese da prefeitura de que pagamento pode prejudicar finanças do município
Gabriel Maymone -
santa casa
Santa Casa de Campo Grande. (Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Na briga na Justiça para receber repasse de R$ 46.381.553,60 do município, a Santa Casa apontou que prestação de contas feita pela própria (Secretaria Municipal de Saúde) indica superavit de R$ 118.801.606,55.

As informações estão em petição chamada de contrarrazões, em que o maior hospital de MS contesta recurso apresentado pelo município de para tentar anular sentença que obrigou ao pagamento. No recurso, em 28 de março, o Sérgio Fernandes Martins já havia suspendido provisoriamente a obrigação da prefeitura em pagar o montante.

Então, o hospital ‘derruba’ tese apresentada pelo município de que o pagamento iria prejudicar serviços essenciais, já que a prefeitura estaria com caixas ‘no limite’.

Dessa forma, a defesa do hospital argumentou que: “Porquanto o MUNICÍPIO não logrou demonstrar, de forma concreta e objetiva, de que maneira específica a satisfação da obrigação discutida comprometeria tais serviços, máxime diante do fato de o ente municipal sequer ter liquidado um total de R$118.801.606,55 que seriam destinados aos hospitais e clínicas contratualizados no ano de 2024, o que evidencia, com clareza, a ausência de qualquer perigo de dano ou comprometimento financeiro decorrente do cumprimento da decisão judicial“.

Juíza mandou município pagar, mas decisão aguarda julgamento

Na semana passada, a juíza Paulinne Simões de Souza, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, proferiu sentença já, determinando 48 horas para o pagamento.

Porém, na própria decisão, a magistrada informa que existe um recurso acatado pelo desembargador Sérgio Fernandes Martins, suspendendo o pagamento.

Então, a juíza diz: “Aguarde-se, oportunamente, o julgamento pelo E. Tribunal e, após vista das partes, retorne para deliberação”.

Briga na Justiça

A Santa Casa busca a obtenção do crédito suplementar desde a da covid. Assim, após a decisão de 1º grau, o município entrou com recurso, justificando que fazer o repasse milionário poderia prejudicar outros serviços essenciais do Município. “A medida INVIABILIZARÁ todos os demais serviços públicos necessários à população, inclusive da saúde”, alegou.

Então, o desembargador Sérgio Fernandes Martins considerou que a execução provisória do pagamento com valores da Fazenda Pública não é permitida antes do trânsito em julgado. Além disso, Martins alegou que o juiz em 1ª instância agiu “precipitadamente” ao impor a medida coercitiva.

Clique aqui para seguir o canal do Jornal Midiamax no WhatsApp

“Contudo, vislumbra-se, neste exame perfunctório da questão, que princípios e normas processuais basilares do ordenamento jurídico processual pátrio não foram observados pelo juízo a quo, circunstância essa que impede esta instância revisora de desconsiderar tais vícios”, descreve.

Assim, ao determinar o pagamento, o magistrado não teria observado princípios processuais como contraditório ou princípio da ampla defesa. O desembargador pede que o processo deve ser redistribuído ao juízo competente para ser reapreciado – desta vez, respeitando o trâmite legal.

Além disso, o TJMS destacou a gravidade da crise na Santa Casa, mas reforçou que a solução deve seguir a legalidade. A Justiça determinou na terça-feira (25) o repasse imediato de R$ 46 milhões do Executivo Municipal para a Santa Casa, que segue fechada para novos pacientes.

“Importante destacar, por fim, que a presente decisão não serve de salvo-conduto ao Município de Campo Grande para que se exima de suas responsabilidades, considerando ser o gestor da saúde pública neste município. Ao revés, compete ao ente público adotar, com a máxima diligência e urgência, todas as medidas necessárias e eficazes para a pronta resolução da grave crise […]”, diz.

Sabe de algo que o público precisa saber? Fala pro Midiamax!

Se você está por dentro de alguma informação que acha importante o público saber, fale com jornalistas do Jornal Midiamax!

E pode ficar tranquilo, porque nós garantimos total sigilo da fonte, conforme a Constituição Brasileira.

Fala Povo: O leitor pode falar direto no WhatsApp do Jornal Midiamax pelo número (67) 99207-4330. O canal de comunicação serve para os leitores falarem com os jornalistas. Se preferir, você também pode falar com o Jornal direto no Messenger do Facebook.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Aprendizagem na educação básica ainda não retomou níveis pré-pandemia

Waldir Neves

Justiça analisa recurso de Waldir Neves e Cícero que pode enterrar ação por ‘rombo’ de R$ 19,3 milhões

Fim de semana teve 10 mortes em MS, maioria por acidente de trânsito

Casado, Naldo Benny admite ter convidado influenciadora para ménage

Notícias mais lidas agora

Por dez dias, MPMS escapa de processo no Conselhão por inércia no caso JBS

Virada histórica em partida com nove gols marca estreia do Operário no Brasileiro A3

Conclave para definir novo Papa começará no dia 7 de maio, diz Vaticano

SRAG

Síndrome respiratória em Campo Grande dispara em abril e supera 2024

Últimas Notícias

Mundo

Novo Papa pode ser anunciado no dia 9 de maio, segundo histórico recente

Últimos dois conclaves tiveram duração de dois dias; Vaticano anunciou início da cerimônia para o dia 7 do próximo mês

MidiaMAIS

Relíquia de Carlo Acutis ficará em local ‘sigiloso e seguro’ em Campo Grande até nova data da canonização

Morte do Papa Francisco adiou canonização de Carlo Acutis, marcada inicialmente para este domingo (27)

Cotidiano

Precisa de médico? Confira a escala nas UPAs e CRSs de Campo Grande

Nesta segunda (28), mais de 100 médicos estarão trabalhando nas UPAs e CRSs de Campo Grande

Sem Categoria

Vereadores discutem parecer da CCJ em PL sobre câmeras nas escolas de Campo Grande

CCJ justificou que outra lei sobre o mesmo tema já foi sancionada