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Transparência

Obra de aeroporto em Inocência entra na mira por indícios de dano ambiental

Cidade vive auge com o avanço da construção de fábrica de celulose no município
Vinicios Araujo -
aeroporto
Aeroporto de Inocência. (Reprodução, PMI)

A obra para construção do Aeroporto Municipal de Inocência, cidade distante 330 km de Campo Grande, é alvo de investigação do Ministério Público de após constatação de indícios de dano ambiental no Córrego Cassimira.

A cidade vive auge com o avanço da construção de fábrica de celulose, integrando o município, de pouco mais de 8,4 mil habitantes, ao Vale da Celulose, já composto por Água Clara, Aparecida do Taboado, , Brasilândia, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e .

De acordo com a publicação do órgão, durante vistoria no local da obra, foi constatado o escoamento desordenado das águas pluviais, em razão da ausência de medidas de contenção, ocasionando o direcionamento do fluxo sobre área de pastagem da Fazenda Elo Dourado e contribuindo para o assoreamento do Córrego Cassimira, conforme relatos também apresentados por proprietários de fazendas vizinhas.

A PMA (Polícia Militar Ambiental) apontou que a empresa Avance Ltda., responsável pela execução de obras de construção do aeroporto, vem utilizado as águas do Córrego Cassimira sem a devida licença ambiental.

Somado à ausência das medidas de contenção das águas pluviais das obras, como resultado, vem ocorrendo o assoreamento do córrego, causando a degradação ambiental do curso de água, a qual, segundo a PMA, inflige as normas ambientais.

A Notícia de Fato que originou o Procedimento Preparatório aponta que a empresa alegou que o Córrego Cassimira está localizado em área distinta daquela indicada no Auto de Infração n.º AI020042/2024.

A Avance afirmou, ainda, que a captação de água foi realizada com anuência do proprietário da Fazenda Elo Dourado, ressaltando que a captação de água seria classificada como de “baixo impacto ambiental, encontrando-se, portanto, isenta de licenciamento ambiental”.

A empresa ainda acrescentou que o escoamento das águas pluviais decorre de fortes chuvas e temporais que atingiram a região, com destaque para o período de 21/10/2024 a 03/12/2024, quando foi registrado um volume superior a 500 mm de precipitação, conforme demonstra o relatório pluviométrico do local.

“Tal escoamento foi agravado por fatores como a ampla extensão da microbacia hidrográfica, a ausência de práticas adequadas de conservação do solo nos imóveis que a compõem, a baixa capacidade de infiltração da água no solo e o abandono de técnicas mecânicas de controle de erosão”, afirma a construtora.

Contrato aditivado

Em abril deste ano, a Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul) voltou a aditivar o contrato com a Avance Construtora LTDA. O contrato, que inicialmente previa a execução da obra em R$ 15 milhões, passou a custar R$ 19 milhões aos cofres estaduais.

A empresa está responsável pela implantação de Pista de Pouso e Decolagem, taxiway, pátio e cerca operacional. O Governo de MS justificou que o aditivo se fez necessário diante da alteração do projeto e especificações da obra.

Além de ficar mais caro, a construção ainda teve prazo prorrogado em mais 60 dias.

Outro lado

A reportagem acionou a para manifestação acerca da fiscalização da obra e sobre os indícios de dano ambiental. A pasta informou que ainda não foi notificada e, assim que receber a provocação do MPMS, irá adotar as providências cabíveis.

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