MP quer acelerar julgamento que pede devolução de R$ 307 mil de ‘prefeito influencer’ de MS
Juliano Ferro (PSDB) é acusado de aproveitar eventos municipais para se autopromover em Ivinhema
Gabriel Maymone –
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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) fez pedido de julgamento antecipado da lide para acelerar o julgamento do prefeito de Ivinhema – a 292 km de Campo Grande – Juliano Ferro Barros Donato (PSDB), em ação que pede condenação e devolução de R$ 307.022,40 por improbidade administrativa.
Assim, em manifestação assinada pelo promotor de Justiça em substituição legal, Allan Thiago Barbosa Arakaki, o MP considera que a ‘prova documental é suficiente à imediata prolação da sentença’.
Ou seja, para o MP, as provas já anexadas no processo são suficientes para que o juiz profira uma sentença. Já a defesa de Juliano Ferro ainda não se manifestou se deseja produzir mais provas.
Após esse trâmite, o processo volta para o juiz tomar uma decisão.
Leia também – Juiz recebe denúncia contra prefeito do PSDB em ação que pede devolução de R$ 307 mil
A reportagem procurou o prefeito Juliano Ferro para comentar a manifestação do MP, mas não obteve retorno.
Prefeito se aproveitada de eventos municipais para se autopromover, diz MP
Conforme os autos, denúncia assinada pelo promotor Daniel do Nascimento Britto – e protocolada no dia 11 de junho do ano passado na Justiça – aponta que Juliano Ferro estaria se aproveitando de eventos bancados pelo município para se autopromover.
A denúncia cita vários exemplos. Em um deles, o promotor cita a 1ª Festa do Peão para comemorar aniversário de 58 anos do município, em 2021. Na ocasião, o prefeito, que também é influencer digital – com mais de 770 mil seguidores só no Instagram –, entrou na arena em um veículo, deu cavalinho de pau e, depois, montou num touro “para delírio do público”, frisa o promotor.
“Desde o primeiro dia do evento, o Requerido agiu como se fosse parte do ‘show’, chamando toda a atenção para sua pessoa, em flagrante enaltecimento e promoção pessoal”, destaca a denúncia.
Apesar de fotos e links das supostas irregularidades, a defesa de Juliano Ferro declarou nos autos que a denúncia não juntou documentos mínimos necessários “que contivessem os indícios da veracidade” e pediu a rejeição da denúncia.
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MP recomendou que prefeito evitasse contratar artistas amigos
Um mês antes de ingressar com a ação, o MPMS havia emitido recomendação a Juliano Ferro para não fazer mais contratações de artistas com os quais tenha vínculo profissional ou de amizade sem licitação.
Na ocasião, Ferro disse ao Jornal Midiamax confirmou amizade com artistas e disse que iria seguir a recomendação: “Vamos acatar a recomendação. A gente fica feliz, pois a recomendação se deu após o MPMS ter levantado essa questão da denúncia de que estaríamos usando a máquina pública para alavancar nomes e não ter detectado irregularidades”.
Investigado pela PF por ocultação de bens
Juliano Ferro foi citado em depoimento de um investigado à PF (Polícia Federal). Portaria assinada pelo delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas, instaurou inquérito de investigação para apurar supostas omissões de bens do candidato.
Leia também – Gaeco nas ruas: Administrada por prefeito influencer, Ivinhema tem segunda operação em 15 dias
Assim, o inquérito aponta que o tucano teria posse de dois carros avaliados em R$ 800 mil e não declarados à Justiça Eleitoral no registro de candidatura para o pleito de 2024.
O delegado afirma que existem elementos plausíveis de “posse, propriedade e disponibilidade” dos veículos Silverado e Dodge Ram “tudo em ao menos no corrente ano até a data de 19/08/2024, portanto de em data anterior e também posterior a sua declaração eleitoral de bens”.
Contudo, na declaração de bens à Justiça Eleitoral, o candidato à reeleição listou apenas três veículos. Sendo um Gol de R$ 26 mil, um Uno Mile de R$ 20 mil e uma caminhonete F1000 de R$ 50 mil.
Na época, o prefeito declarou ao Midiamax: “Eu não coloquei a Dodge Ram na minha declaração de bens, porque eu já tinha vendido, eu mexo com a compra e venda de carro há 20 anos. E não coloquei a Silverado que foi comprado da pessoa investigada, porque ela não tem documento liberado, ele falou que ia liberar o documento em dezembro e eu ia pagar ela em janeiro, entendeu? Já dei minha declaração, meu depoimento para Polícia Federal”, disse.
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