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Transparência

Justiça nega pedido de Cezário e mantém ex-dirigente réu por desvios de R$ 10 milhões no futebol de MS

Ex-mandatário da FFMS pediu anulação da denúncia oferecida pelo Gaeco sobre corrupção
Gabriel Maymone -
Prisão de Francisco Cezário (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

A Justiça negou pedido do ex-dirigente da FFMS (Federação de de MS), Francisco Cezário de Oliveira, 78 anos, e manteve ele e outros 11 investigados por desvios de R$ 10 milhões na entidade réus por .

Conforme decisão do juiz Marcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal Residual, vários pedidos feitos pelos réus foram negados, como anular as interceptações telefônicas, das medidas cautelares e também do recebimento da denúncia. Todos foram negados.

Ainda, o magistrado designou as datas para audiências de instrução e julgamento – em que uma sentença já pode ser proferida. A primeira será no dia 24 de fevereiro. Porém, também haverá sessões até o dia 5 de maio.

À reportagem do Jornal Midiamax, o Júlio César Marques, que representa Cezário no processo, disse que o pedido foi feito por acreditar que a denúncia seja ‘falha’. “O MP fez denúncia de todo o valor que a Fundesporte repassou para a FFMS custear os campeonatos desde 2018. Se todo o valor foi desviado, não teria acontecido o campeonato”, aponta, indicando que não houve desmembramento indicando quais valores teriam sido destinados como lavagem de dinheiro.

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Por fim, o defensor alega que a denúncia como foi ofertada estaria “prejudicando o direito ao contraditório”. Cabe recurso da decisão.

Saiba quem são os réus acusados pelos desvios de R$ 10 milhões na FFMS:

  • Francisco Cezário de Oliveira: ex-dirigente da FFMS, apontado pelo Gaeco como o ‘chefe’ da organização criminosa
  • Aparecido Alves Pereira (Cido): árbitro e ex-funcionário da FFMS; integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Francisco Carlos Pereira (sobrinho de Cezário): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira: ex-servidor municipal lotado na secretaria de gestão; integrar organização criminosa, furto qualificado e lavagem de capitais;
  • Umberto Alves Pereira (Beto), apontado como principal operador do esquema: integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de capitais;
  • Valdir Alves Pereira (sobrinho de Cezário); integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Rudson Bogarim Barbosa (funcionário da FFMS): integrar organização criminosa, peculato, furto qualificado e falsidade ideológica;
  • Jamiro Rodrigues de Oliveira (Miro): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marco Antônio Tavares (Vice-presidente da FFMS e dono da empresa MTavares Eventos): integrar organização criminosa e furto qualificado;
  • Marcos Paulo Abdalla Tavares (filho de Marco Antônio Tavares): furto qualificado;
  • Marco Antônio de Araújo (Marcão), proprietário da empresa Invictus Esportes – que recebia valores da FFMS para fornecer uniformes aos clubes: peculato;
  • Luiz Carlos de Oliveira (irmão de Cezário): furto qualificado.

Desvios de R$ 10 milhões, segundo o Gaeco

Conforme a denúncia baseada nas investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), o montante desviado pelo grupo de Cezário superou os R$ 6 milhões apurados inicialmente. Logo, apurou-se que os valores podem ultrapassar os R$ 10 milhões, segundo o Gaeco.

Ainda, na denúncia, o MPMS pede pagamento para reparação de danos no valor de R$ 20 milhões, sendo R$ 10 milhões para reparar os prejuízos causados à FFMS e o restante a título de danos morais coletivos.

Após Cezário ser afastado do cargo pela CBF, a FFMS destituiu Cezário do cargo de presidente da Federação. Após o ato, o presidente interino Estevão Petrallas convocou eleição para definição de um novo dirigente. O eleito irá completar o mandato atual e ficará no cargo até 2027.

Inconformado, Cezário move ação na Justiça para reverter a decisão tomada na assembleia da Federação em outubro.

O ex-presidente chegou a ser preso duas vezes no processo. A primeira na deflagração da operação Cartão Vermelho, do Gaeco. Depois, voltou para a prisão acusado de descumprir medidas judiciais por ter sido flagrado se reunindo com dirigentes de clubes às vésperas de assembleia na entidade.

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