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Transparência

Justiça nega HC de empreiteiro envolvido em esquema de corrupção em Sidrolândia

Ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) seria chefe do esquema que fraudava contratos de obras da prefeitura de Sidrolândia
Fábio Oruê -
sidrolândia claudinho
Sede da GC Obras de Pavimentação Asfáltica. (Reprodução, Google)

A Justiça de Mato Grosso do Sul negou pedido de Habeas Corpus do empreiteiro Cleiton Nonato Corrêa, envolvido em esquema de chefiado pelo ex-vereador Claudinho Serra na Prefeitura de .

Conforme aponta a investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), a GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90) mantinha contratos fraudulentos com o Executivo, durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo ().

Assim, no começo deste mês, durante a 4ª fase da Operação Tromper, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao ) prendeu Claudinho Serra (PSDB), seu assessor, Carmo Name Júnior, e o empreiteiro Cleiton Nonato.

O juiz de Sidrolândia, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, expediu as prisões temporárias. Na sentença, o magistrado pontua que a prisão é necessária para ‘garantia da ordem pública’. Assim, os três enfrentam acusações pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Além deles, outras 19 pessoas foram alvo da ação que faz parte da 4ª fase da Operação Tromper, que investiga desvios milionários em contratos de obras em Sidrolândia. Então, o Gaeco aponta o político do PSDB como o ‘chefe’ do esquema. Ele atuou como secretário de Fazenda no município, durante gestão da sogra, Vanda Camilo.

Confira a lista de alvos:

  • Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho – ex-vereador de Campo Grande, ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia e apontado como chefe do esquema;
  • Mariana Camilo Serra – esposa de Claudinho Serra e filha da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo;
  • Arielle Sousa – ex-secretária de Esportes, esposa do vereador Cledinaldo Cotócio (PSDB);
  • Luiz Carlos Alves – ex-secretário de Saúde;
  • Jonas Kachorroski – engenheiro e ex-chefe do setor de planejamento urbano (Deplan);
  • Ivanir Rosane Dischkaln Areco, conhecida como “Baixinha” – diretora de Planejamento;
  • Cezar Pereira de Queiroz – conselheiro tutelar empossado para o mandato 2024–2028;
  • Barbara Fabricio Liçarassa – ex-chefe de compras e licitações da Secretaria de Saúde;
  • Janderson Coimbra – servidor da antiga gestão de Vanda Camilo;
  • Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa – ex-chefe da Licitação;
  • Thiago Rodrigues Alves – ex-servidor municipal;
  • Carmo Name Júnior – assessor de Claudinho Serra;
  • Cleiton Nonato Corrêa – empresário da GC Obras de Pavimentação Asfáltica (CNPJ 16.907.526/0001-90);
  • Edmilson Rosa (Rosinha) – AR Pavimentação e Sinalização LTDA (CNPJ 28.660.716/0001-34);
  • Vilma Cruz;
  • Willian Guimarães;
  • Godofredo G. Lopes;
  • Lidiane Cunha;
  • Sandra Aparecida;
  • Jéssica Lemes Barbosa;
  • Paulo Gonçalves;
  • Jarhad Carmo.

4ª fase da Operação Tromper

prefeitura de sidrolandia tromper claudinho serra
Prefeitura de Sidrolândia. (Arquivo, Jornal Midiamax)

O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.

Assim, esta nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.

Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.

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Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.

Nesta nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.

Assim, as novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Entretanto, também faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.

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