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Transparência

Justiça manda citar ex-diretor do HRMS em presídio para responder a ação por desvios de R$ 4,7 milhões

Rehder Batista dos Santos é réu em diversos processos por comandar série de compras fake para desviar dinheiro público
Gabriel Maymone -
Rehder é acusado de desviar, junto de empresários, mais de R$ 12 milhões do HRMS. (Reprodução, Arquivo/Jornal Midiamax)

Preso há um ano e implicado em várias ações penais por desvios no HRMS (Hospital Regional de ), Rehder Batista dos Santos será citado dentro do presídio para responder a um dos casos em que foi denunciado.

Trata-se de mais um caso envolvendo compras fake de quando ocupou cargo de diretor de logística e suprimentos do hospital. Tudo foi apurado pelo Ministério Público no contexto da Operação Parasita.

Desta vez, Rehder consta como réu junto do então diretor financeiro, Josceli Roberto Gomes Pereira, e com os empresários Wagner Gonçalves Martins, Matheus e Emergon Ludwig.

O grupo é acusado de simular compras de insumos e causar rombo de R$ 4,7 milhões aos cofres públicos ao fazerem o hospital pagar por itens que nunca chegaram.

Leia também – Às vésperas de sentença, promotor reforça compra forjada para condenar ex-diretores do HRMS

Como o grupo desviava o dinheiro

De acordo com apuração do MP, Rehder autorizava a compra dos produtos e mandava seus subordinados atestarem o recebimento dos materiais que nunca chegaram.

Estoque do HRMS. (Divulgação, MPMS)

Após isso, emitia ordens de pagamento para enviar o dinheiro aos empresários. Para tentar despistar os desvios do sistema, Rehder promovia a falsa ‘baixa’ dos itens.

O MP reforça que “Formalmente oficiado, o Hospital Regional também destacou, após levantamento interno, que estes produtos jamais deram entrada naquele hospital público, e muito menos foram destinados ao uso dos pacientes”.

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Denúncia antes de prisão aponta desvio de R$ 12 milhões

denúncia trata do período entre 2016 e 2019, quando o grupo simulou diversas compras. Ao todo, foram 45 notas fiscais fraudulentas, com declarações inverídicas, que falsificavam a venda de produtos para o HRMS.

Foram 38 ocasiões, identificadas nas investigações do MPMS, em que o grupo falsificou a compra dos produtos por parte do hospital. Para ocultar esse desvio, o diretor administrativo do hospital registrava no sistema como se os produtos tivessem dado entrada.

Depois, dava baixa nesses mesmos produtos, pelo estoque virtual criado. Assim, era como se esses materiais tivessem entrado no hospital e depois utilizados. No entanto, tais materiais nunca sequer existiram.

Ao questionar o HRMS, o MPMS teve a informação de que tais produtos nunca deram entrada na unidade. Na Operação Parasita, realizada em 2022, a empresa foi um dos alvos e não foram sequer encontrados materiais nos estoques.

Em registros fotográficos, o MPMS também identificou proximidade do grupo criminoso. Os envolvidos têm fotos de viagens internacionais que faziam juntos.

Ainda na , constam como setores prejudicados pelos criminosos o ambulatório, que deixou de receber curativos, bandagens, cateteres. Também os setores de cardiologia, CTI (Centro de Terapia Intensiva) adulto, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, pediatria, hemodiálise, oncologia, centro cirúrgico, entre outros.

Entre os produtos, estavam também adaptadores de soro, compressas cirúrgicas e filtro para hemodiálise.

“Em síntese, emitiram notas fiscais de venda falsas; inseriram, em documentos públicos, declarações falsas com o fim de prejudicar direito, criar obrigação e alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, em relação aos atestos de recebimento de produtos não entregues ao Hospital Regional; e praticaram o público ao, mediante associação permanente e duradoura, dolosamente simularem inúmeras compras e vendas de produtos não entregues ao Hospital Regional de Mato Grosso do Sul – HRMS no valor atualizado de R$ 12.014.362,10”, aponta o MPMS.

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