A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, condenou sete pessoas por envolvimento em roubo de propina de R$ 270 mil, flagrado durante investigações da Operação Vostok.
O crime aconteceu na tarde de 27 de novembro de 2017, na BR-262. Naquele dia, pai e filho teriam saído de Aquidauana até Campo Grande para buscar um malote de dinheiro a pedido de José Ricardo Gutti Guimarães, conhecido como ‘Polaco’.
A ação penal tramitou em sigilo absoluto, mas a sentença foi publicada no Diário da Justiça desta terça-feira (2). Confira quem foi condenado:
Penas de 6 anos no regime semiaberto
- Hilarino Silva Ferreira – sargento da PM na reserva, acusado de contratar o grupo para o roubo;
- David Cloky Hoffaman Chita – acusado de intermediar contato entre seu tio, Hilarino, e o grupo. Ele está foragido desde maio do ano passado, após ser implicado em esquema de fraude no Detran-MS;
- Luiz Carlos Vareiro – Pedreiro apontado como o líder do grupo que efetuou o roubo;
- Vinicius dos Santos Kreff – responsável por interceptar o carro com pai e filho que levavam propina. Na semana passada, ele foi preso pelo Choque com 2,5 toneladas de maconha, avaliada em R$ 5 milhões.
Penas de 6 anos e 9 meses no regime fechado
- Jefferson Braga de Souza – integrante do grupo que interceptou o carro;
- Fabio Augusto de Andrade Monteiro – integrante do grupo que interceptou o carro.
Pena de 6 anos e 9 meses no regime semiaberto
- Jozué Rodrigues das Neves – integrante do grupo que interceptou o carro.

O roubo da propina
A denúncia foi aceita pela juíza em setembro de 2020. Durante a tramitação da ação, a magistrada absolveu advogado que chegou a ser denunciado pelo Ministério Público.
Luiz Carlos Vareiro, o ‘Velho’, foi informado, segundo depoimento dele à PF, que as vítimas estariam com R$ 270 mil que seriam entregues a Polaco.
Conforme apurado, os valores eram referentes ao pagamento de propina, tendo em vista que Polaco ameaçava delatar a mesma organização criminosa posteriormente denunciada pelo MPF, com base na investigação da Polícia Federal na Operação Vostok.
Sendo assim, Velho disse à Polícia Civil que chamou Josué, Fábio e Vinicius para participarem da ‘fita’.
No dia, ficaram monitorando as vítimas perto do Aeroporto de Campo Grande, no acesso à BR-262. O veículo foi seguido e interceptado na rodovia, quando o malote com o dinheiro foi roubado. Houve denúncia imediata do assalto, mas nenhum suspeito foi localizado inicialmente.
Depois, a Polícia Militar recebeu denúncia de um carro abandonado na Avenida Tamandaré, em Campo Grande. Era o veículo usado no roubo.
Ao investigar a origem do automóvel, os policiais militares chegaram ao primeiro envolvido, Fábio.
Assustado, ele entregou toda a ação e disse que, no dia do roubo, reuniram-se na casa de Josué, de onde saíram para localizar os alvos. Fábio contou ainda que Velho teria articulado o plano e que o objetivo era interceptar propina envolvendo ‘personalidades ligada à administração estadual’.
Com Fábio preso, a polícia chegou aos demais, entre eles, Velho. Vareiro, ao ser abordado pelos policiais em casa, foi flagrado com dois revólveres que teriam sido usados na ação.
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(Revisão: Dáfini Lisboa)