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Transparência

Juiz dá prazo e pede urgência para marcar primeira audiência da 4ª fase da Tromper

Claudinho Serra, assessor e empreiteiro estão presos desde o início de junho
Gabriel Maymone -
Claudinho Serra é apontado como 'chefe' da corrupção em Sidrolândia. (Arquivo, Jornal Midiamax [principal e detalhe])

Após aceitar denúncia do Ministério Público e tornar Claudinho Serra, o pai e a esposa dele e outras 11 pessoas réus por em , o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva iniciou a próxima fase do processo referente à 4ª fase da Operação Tromper.

As investigações apuram esquema de desvio de milhões em contratos em Sidrolândia e aponta Claudinho Serra () como o chefe da organização criminosa. Assim, desde o dia 5 de junho, Claudinho, o assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC OBras) estão presos.

Conforme publicado no Diário da Justiça desta quarta-feira (23), o magistrado deu mais dez dias de prazo para os advogados dos réus apresentarem defesa.

A reportagem apurou que nem todas as defesas dos réus estavam com acesso a todos os elementos das provas e, por isso, o prazo maior. O processo só avança para a próxima fase após a devida citação de todos os réus.

Então, determinou o próximo passo: “Após a citação de todos os réus e a apresentação das respectivas respostas à acusação, retornem os autos conclusos na fila de urgentes para designação de audiência de instrução e julgamento”, proferiu o juiz de Sidrolândia.

A urgência se dá porque três dos 14 réus estão presos. Após a apresentação da resposta à acusação, o MP se manifesta e, por fim, o juiz marca a audiência.

Ao aceitar a denúncia, o magistrado pontua que “a investigação revelou a existência de um esquema criminoso estrutural e organizado, composto por núcleos distintos, que atuavam de forma independente, com divisão clara e coordenada de tarefas”.

Logo, tornaram-se réus por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro as seguintes pessoas:

  • Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema;
  • Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho;
  • Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho;
  • Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho;
  • Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name;
  • Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras;
  • Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho;
  • Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago;
  • Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar;
  • Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau;
  • Edmilson Rosa – Empresário;
  • Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário;
  • Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton;
  • Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton.

4ª fase da Operação Tromper

Claudinho Serra ao lado da esposa, Mariana, e seu pai, Claudio Serra. (Reprodução)

O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.

Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.

Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.

Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.

Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.

As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.

Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.

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