Após aceitar denúncia do Ministério Público e tornar Claudinho Serra, o pai e a esposa dele e outras 11 pessoas réus por corrupção em Sidrolândia, o juiz Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva iniciou a próxima fase do processo referente à 4ª fase da Operação Tromper.
As investigações apuram esquema de desvio de milhões em contratos em Sidrolândia e aponta Claudinho Serra (PSDB) como o chefe da organização criminosa. Assim, desde o dia 5 de junho, Claudinho, o assessor Carmo Name Júnior e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC OBras) estão presos.
Conforme publicado no Diário da Justiça desta quarta-feira (23), o magistrado deu mais dez dias de prazo para os advogados dos réus apresentarem defesa.
A reportagem apurou que nem todas as defesas dos réus estavam com acesso a todos os elementos das provas e, por isso, o prazo maior. O processo só avança para a próxima fase após a devida citação de todos os réus.
Então, determinou o próximo passo: “Após a citação de todos os réus e a apresentação das respectivas respostas à acusação, retornem os autos conclusos na fila de urgentes para designação de audiência de instrução e julgamento”, proferiu o juiz de Sidrolândia.
A urgência se dá porque três dos 14 réus estão presos. Após a apresentação da resposta à acusação, o MP se manifesta e, por fim, o juiz marca a audiência.
Ao aceitar a denúncia, o magistrado pontua que “a investigação revelou a existência de um esquema criminoso estrutural e organizado, composto por núcleos distintos, que atuavam de forma independente, com divisão clara e coordenada de tarefas”.
Logo, tornaram-se réus por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro as seguintes pessoas:
- Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema;
- Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho;
- Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho;
- Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho;
- Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name;
- Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras;
- Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho;
- Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago;
- Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar;
- Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau;
- Edmilson Rosa – Empresário;
- Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário;
- Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton;
- Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton.
4ª fase da Operação Tromper

O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.
Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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