O ex-servidor que tirava ‘mesada’ da Prefeitura de Ivinhema e teria desviado R$ 800 mil enquanto ocupava o cargo de fiscal de tributos foi preso. A prisão aconteceu na quarta-feira (9), no município a 292 quilômetros de Campo Grande.
A Polícia Civil, por meio dos policiais da SIG (Seção de Investigações Gerais, prenderam Marcelo Ribeiro de Souza, de 50 anos. Ele foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Assim, terá pena de 11 anos e 4 meses em regime fechado. Conforme a Polícia Civil, a condenação acontece em processo criminal que tramita na Comarca de Ivinhema.
Além de fiscal de tributos municipais, Marcelo exercia função de diretor da tesouraria. Entre 2019, 2020 e 2021 teria desviado pelo menos R$ 800 mil dos cofres públicos.
O Poder Judiciário determinou a prisão definitiva do investigado. Então, os investigadores da SIG cumpriram a ordem judicial.
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Na quarta-feira (9), o ex-servidor foi para a Delegacia de Polícia. Enquanto isso, aguarda audiência de custódia e transferência a penitenciária masculina, onde deve cumprir a pena.
Ex-servidor preso
O ex-servidor foi preso em outubro de 2022, durante operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Contudo, foi solto por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele responde a processo por peculato e lavagem de dinheiro e ainda a uma ação civil por improbidade administrativa.
Na peça, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) citou a forma como o ex-servidor desviava valores da prefeitura. Com isso, ele tirava ‘mesadas’ dos cofres públicos, garantindo enriquecimento ilícito com desvio de dinheiro.
Inicialmente, o caso apresentou desvio de lâminas de cheques. Os casos aconteceram em setembro de 2019 e janeiro de 2020. Assim, na ocasião, o réu ocupava cargo de diretor de divisão de tesouraria e bancos.
Mais tarde, conforme registrado em publicação no Diário Oficial de Ivinhema, ele ocuparia cargo de fiscal de tributos. Então, como diretor, ele tinha total acesso a todas as contas da prefeitura, segundo informado pelo MPMS.
Além disso, ele movimentava valores, sendo responsável pelo pagamento da folha dos servidores. Assim, tinha função de receber e quitar créditos.
Ademais, entre 2015 e 2020, aconteceram leilões em Ivinhema, mediante concorrência pública. Para pagamento, alguns arrematantes usavam cheques, que a acusação identificou que houve desvio e depósito na conta pessoal do investigado.