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Transparência

Ex-secretário réu por corrupção completa cinco meses preso após operação com suspeita de vazamento

Isaac Cardoso Bisneto é acusado de fraudar licitações e de desviar dinheiro de obras em Terenos
Gabriel Maymone - Publicado em
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Ex-secretário de obras de Terenos, Isaac Cardoso Bisneto (Reprodução)

O ex-secretário de obras da prefeitura de Terenos – cidade a 31 km de Campo Grande -, Isaac Cardoso Bisneto completa cinco meses de prisão nesta segunda-feira (13). Ele foi preso no dia 13 de agosto, durante a Operação Velatus, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), por fraudes a licitação e desvio de dinheiro no município administrado pelo prefeito (reeleito), Henrique Budke (PSDB).

Após ter dois pedidos de liberdade negados pela Justiça, a defesa de Isaac ingressou, na semana passada, com novo Habeas Corpus para tentar sair de trás das grades. Assim, o pedido foi distribuído para análise do relator, desembargador Luiz Claudio Bonassini da Silva, que ainda não proferiu decisão sobre o HC.

Na edição de quarta-feira passada (8), o diário do TJMS (Tribunal de Justiça de MS) trouxe decisão negando outro pedido de revogação de prisão feito pelo advogado de Isaac, Benedicto Arthur de Figueiredo Neto.

A decisão do juiz Valter Tadeu de Carvalho foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (8). “Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de revogação de prisão, mantendo a prisão outrora decretada de Isaac Cardoso Bisneto“, proferiu.

No mês passado, um HC (Habeas Corpus) para revogar a prisão de Isaac foi negado pela 3ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O ex-secretário foi exonerado dias antes da operação, o que levantou suspeitas de possível vazamento da prisão. Além disso, mesmo após exonerado do cargo de Secretário de Obras, apenas cessou as atividades após ser preso.

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MPMS revelou esquema de corrupção na gestão do prefeito do PSDB de Terenos, Henrique Budke (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Exoneração dias antes de operação levantou suspeita de vazamento

“O que dá a entender? Que tinham informação privilegiada, sabiam que iam vir, por isso pediu exoneração”, dispara o vereador Clayton Cleone Melo Welter (PP) sobre saída do secretário de obras do município, Isaac Cardoso Bisneto. Segundo Caco, que é 1º secretário da Câmara, Isaac saiu dez dias antes da Operação Velatus, que revelou esquema de corrupção durante a gestão do PSDB em Terenos.

Consta no Diário Oficial do município, do dia 2 de agosto, exoneração a pedido do secretário. O prefeito Henrique Wancura Budke (PSDB) assinou a exoneração. O cargo do primeiro escalão da gestão tucana é uma nomeação política e considerado de confiança do prefeito.

Na época, o Jornal Midiamax questionou o Gaeco sobre o possível vazamento de informações e se as denúncias seriam investigadas. Contudo, não houve retorno.

Promotor afirma que Isaac frequentou prefeitura para ajudar empreiteiro

Em 12 de agosto, Isaac foi acionado por um homem, que alegou falta de resposta de Katiane. Em seguida, encaminhou três documentos: boletim de medição, resumo do empreendimento e relatório de execução de serviços.

Para a promotoria, os documentos evidenciam que eles “trataram de assuntos relacionados à pasta da Secretaria de Obras do município de Terenos”.

Após, Isaac disse ainda que tentaria ir à Prefeitura de Terenos ‘para falar’. As mensagens foram trocadas em 12 de agosto, um dia antes da operação.

Ou seja, Isaac pretendia visitar o Executivo em 13 de agosto — dia da operação e prisão dele. “A resposta de Isaac Cardoso Bisneto evidencia que o investigado permanecia atuando junto à Secretaria de Obras”, apontou a promotoria.

Além disso, a promotoria anexou trechos de conversas de Isaac com outro investigado na operação. Em conversa com Sansão Inácio, Isaac foi solicitado na secretaria para resolver questões da pasta.

Já em conversa com Katiane, “a servidora em questão solicita, em diferentes oportunidades, a assinatura e o comparecimento do investigado”, apontou a promotoria de Terenos.

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