Ex-pregoeira ré por corrupção pede para tirar tornozeleira para trabalhar: ‘filho para sustentar’

Ana Cláudia Alves Flores disse que equipamento a impede de trabalhar plenamente em buffet em Campo Grande

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Operação Tromper apurou esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Após vários réus acusados de operarem esquema de corrupção no município de Sidrolândia, chefiado pelo ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), conseguiram se livrar da tornozeleira, a ex-pregoeira Ana Cláudia Alves Flores, também entrou com pedido na Justiça.

Em petição protocolada pelo advogado David Moura de Olindo, a ex-pregoeira do município, a 70 km de Campo Grande, alega que o equipamento de monitoramento atrapalha ela durante o trabalho, e ela precisa sustentar filho e cuidar dos pais idosos: “A requerente tem filho para sustentar e é mãe solteira, estando atualmente cuidando ainda de seus pais que são idosos”.

Isso porque ela trabalha em um buffet, onde ganha porcentagem do valor do evento. No entanto, conforme a defesa de Ana Cláudia, ela fica impossibilitada de participar de eventos noturnos ou fora da cidade, “Com a desinstalação da tornozeleira, a requerente poderá atuar em todas as atividades para qual a empresa onde trabalha seja contratada”.

Assim, para convencer o juiz, o advogado aponta que ela cumpriu todas as medidas cautelares impostas, sem alterações, e que a retirada do equipamento “não representa qualquer risco à segurança processual”.

O pedido ainda será analisado pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, de Sidrolândia.

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Outros réus já se livraram da tornozeleira

O esquema de corrupção que funcionou durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo, em Sidrolândia, revelado pela Operação Tromper, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), prendeu 23 pessoas, entre elas o ‘chefe’ do esquema, Claudinho Serra, que comandou a corrupção quando era secretário de fazenda do município, administrado pela sogra.

Depois, foram soltos com medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira. De lá para cá, dois réus firmaram acordo de delação premiada e se livraram, ao menos temporariamente, das acusações.

No entanto, um grupo ainda permanece com o equipamento de monitoramento como Carmo Name Júnior, considerado braço-direito do ‘chefe’ e responsável por receber a propina dos empresários.

Recentemente, o principal operador do esquema, o empresário Ricardo José Rocamora Alves, conseguiu autorização judicial para retirar a tornozeleira.

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