Empresário que operava esquema de corrupção de Claudinho Serra se livra de tornozeleira
Ex-vereador do PSDB e assessor ‘braço direito’ continuam sob monitoramento até abril
Gabriel Maymone –
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Enquanto o ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), deve ficar com tornozeleira eletrônica até abril, o empresário Ricardo José Rocamora Alves, se livrou do monitoramento eletrônico na quinta-feira passada (9).
O empresário retirou a tornozeleira após decisão judicial. Na denúncia, a empresa de Rocamora aparece como a principal operadora dos esquemas de Claudinho Serra (PSDB), sendo usada para emissão de notas ‘frias’ e repasses para demais integrantes do esquema.
O segundo delator do esquema, empresário Milton Matheus Paiva Matos, também já está livre do monitoramento. Outros dois réus também foram liberados da medida cautelar: Thiago Rodrigues Alves, o ‘Thiago Nanau’ (que fazia ponte do esquema com verbas liberadas pela Agesul), e Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa (ex-chefe de licitações de Sidrolândia).
Dentre os investigados de operarem o esquema de desvios de dinheiro na prefeitura de Sidrolândia, comandada pelo ex-vereador do PSDB, seis vão continuar com o equipamento até abril, são eles: Claudinho Serra, Carmo Name Júnior, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa, Thiago Rodrigues Alves e Ueverton Macedo da Silva (Frescura) – que está preso por compra de votos, mas se sair da prisão deverá utilizar o equipamento.
Esquema de Claudinho Serra causou prejuízos à sociedade, diz juiz
Na decisão em que prorroga o uso da tornozeleira eletrônica a Claudinho Serra e outros cinco réus, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, de Sidrolândia, ressaltou o fato de que o esquema comandado pelo vereador do PSDB causou muitos prejuízos à sociedade. “Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, diz trecho da decisão.
Ao tentar se livrar da tornozeleira, Claudinho chegou a apontar que exercia emprego lícito de vereador. No entanto, a última sessão a qual participou foi no dia 2 de abril, um dia antes de ser preso. Depois, ficou 23 dias atrás das grades e emendou licenças até o fim do mandato.
Vereador do PSDB comandou esquema de corrupção em Sidrolândia
O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
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