O canal de denúncias aberto pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada na Câmara de Campo Grande para apurar irregularidades contra o Consórcio Guaicurus recebeu 141 reclamações de usuários.
Somente nas últimas 24 horas, o número de reclamações quase dobrou. Isso porque foram 63 denúncias, enquanto haviam sido outras 78 na primeira semana.
Dessa forma, o canal de denúncias é uma das ‘armas’ da comissão para tentar, ao menos dessa vez, não fazer com que as investigações terminem em ‘pizza’. Já foram 7 CPIs instaladas pela Câmara, sem conseguir alcançar melhorias efetivas no serviço, que é uma das principais reclamações da população campo-grandense.
Os vereadores da CPI informaram que entre as principais reclamações estão:
- Precariedade da frota, ônibus que chove dentro, elevadores para PCD que não funcionam, portas que não abrem ou fecham completamente, ventilação que não funciona, janelas que não abrem ou fecham.
- Superlotação em horários de pico.
- Falta de linhas principalmente nos finais de semanas e feriados.
- Falta de manutenção em terminais, e insegurança para os usuários.
- Problemas com comportamento dos motoristas, inclusive passando direto dos pontos previstos na linha.
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Como denunciar na CPI?
– WhatsApp: (67) 3316-1514
– E-mail: cpidotransporte@camara.ms.gov.br
– Formulário anônimo disponível no site www.camara.ms.gov.br ou clique aqui.
O vereador Lívio (União Brasil) preside a Comissão. Além disso, a CPI do Transporte Público também é composta pelos vereadores Ana Portela (PL), que está na relatoria, Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP).
CPI convoca empresas responsáveis pelo Consórcio Guaicurus para oitivas
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Na reunião realizada na segunda-feira (31), os vereadores que integram a comissão aprovaram 20 requerimentos para os trabalhos. Entre as convocações aprovadas, estão oitivas com as empresas responsáveis pelo transporte público em Campo Grande.
Entre os fatos determinados da CPI, estão as condições da frota de ônibus. Apesar de lucrar bilhões explorando o transporte público em Campo Grande, perícia autorizada pela Justiça revelou que, desde 2015, a idade média dos ônibus que circulam nas ruas ultrapassou a média de cinco anos, determinada pelo contrato.
Em vez de utilizar os recursos para melhorar os serviços, o laudo pericial apontou ainda que o número de ônibus nas ruas só diminuiu. “Evidente que o Consórcio sempre possuiu condições de adimplir o contrato de concessão”, diz documento da Agereg.
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Além dos empresários, diretores e ex-diretores de agências relacionadas ao transporte na Capital serão convocados. O ex-diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) de Campo Grande, Janine de Lima Bruno, está entre os convocados. Além disso, o diretor-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), Odilon de Oliveira Júnior, também passará por convocação Vinícius Campos, responsável pela Agereg antes de Odilon também está entre os nomes para convocação.
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