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Transparência

Detran-MS confirma como gerente esposa de citado em fraude por transferência de veículo

Natália Gouveia Trevizan é apadrinhada do prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB)
Gabriel Maymone -
Agência do Detran de Ivinhema (Reprodução)

14 dias após trazer a nomeação de Natália Gouveia Trevizan para atuar em cargo em comissão de direção com salário de R$ 1.599,00, mas que pode chegar a R$ 2.878 com representação de 80%, ela foi oficialmente designada como gerente da agência do (Departamento Estadual de Trânsito) do município de , a 295 km de Campo Grande.

Conforme já adiantado pela reportagem do Jornal Midiamax, assim que saiu a nomeação, Natália já estava exercendo o cargo na agência. Ela tem o prefeito do município, Juliano Ferro (), como seu apadrinhado político, e que mantém relação pessoal, tendo ele como padrinho também de casamento.

Ela é casada com o garagista David Augusto da Silva Martim dos Santos, que há anos trabalha com revenda de veículos no município. O nome dele é citado em depoimento ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao ), que investiga suposta fraude na transferência de uma caminhonete Dodge Ram Laramie.

Apesar de não ser listado como investigado, o nome do marido de Natália é citado. Ele teria sido responsável por levar a caminhonete para fazer vistoria e teria utilizado a CNH do comprador.

O serviço teria sido feito a mando do prefeito Juliano Ferro, que é apontado pelo Gaeco como o articulador da fraude. David é amigo próximo de Ferro e já trabalhou como motorista do prefeito.

Assim, o Gaeco concluiu que Ferro estava com a posse da caminhonete, que tinha Antônio José Rios como proprietário. Porém, ele faleceu em 2020. Assim, o prefeito de Ivinhema teria iniciado uma verdadeira saga para esquentar a documentação do veículo.

O prefeito nega e afirma que possui documentos que comprovam que ele comprou e pagou pelo veículo, mas sem explicar o porquê não havia feito a transferência.

Leia também – Garagista casado com nova gerente do Detran-MS levou caminhonete para vistoria após morte de dono

Então, o Gaeco concluiu que Ferro falsificou documento de assinatura do morto e utilizou sua influência política para transferir o veículo para o nome de seu segurança pessoal, o PM Vagner Pires da Silva.

O prefeito confirma que pediu esse ‘favor’ a Vagner, pois estava com a CNH cassada e não poderia fazer a transferência em seu nome.

Em relação à nomeação de Natália, Juliano Ferro diz: “O que tem a ver a esposa com o cara? Ela é uma profissional”.

A reportagem procurou David e Vagner para se posicionarem sobre os apontamentos do Gaeco, mas não obtivemos resposta. O espaço segue aberto.

Justiça autoriza leiloar caminhonete

Juliano Ferro postou várias fotos com a caminhonete que estava em nome de morto (Reprodução)

Apreendida em outubro do ano passado, a Dodge Ram está recolhida no pátio da Delegacia da Polícia Federal em foi autorizada pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches a ser leiloada.

O Gaeco pediu autorização para levar o veículo a leilão, já que o bem está se deteriorando no pátio onde está apreendido.

Conforme a investigação do Gaeco, o veículo tinha Antonio José Rios como proprietário e estava sob posse do prefeito. Situação que nem os investigadores sabem dizer: “não se sabendo como o veículo teria ido parar na posse e disponibilidade do investigado Juliano Barros Donato”.

Leia também – Dois são presos e R$ 79 mil são apreendidos pelo Gaeco e PF em cidade de MS com prefeito influencer

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Garagista foi condenado por atirar em casa de rival político de Ferro

Juliano Ferro com o amigo, David Augusto (Reprodução)

Casado com atual gerente de agência do Detran-MS, o garagista David Augusto já foi condenado a 2 anos de prisão no regime aberto por disparo de arma de fogo.

Conforme o inquérito, Juliano Ferro, então vereador na época, emprestou um veículo Pálio para que David fosse ‘dar um susto’ no coordenador de campanha de um rival político na cidade.

Assim, imagens de segurança mostram David dirigindo o veículo, perseguindo o alvo, e, ao chegar na frente da residência da vítima, efetuou disparos no portão da casa, no intuito de intimidá-lo, conforme conclusão da polícia.

Então, foi condenado a dois anos de regime aberto, convertido em pagamento de multa e prestação de serviço comunitário.

À época, Juliano confirmou que emprestou o carro para David, declarando-o como amigo próximo. No entanto, negou que sabia o que o amigo faria com o carro.

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