A defesa do ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) entrou com pedido de Habeas Corpus para livrá-lo novamente da cadeia, após prisão na 4ª fase da Operação Tromper, na semana passada.
O HC começou a tramitar em 2ª instância da Justiça Estadual no começo desta semana. Assim, o advogado Tiago Bunning tenta colocar Claudinho, apontado como o chefe do esquema de fraude em licitações na Prefeitura de Sidrolândia, em liberdade.
As equipes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) cumpriram três mandados de prisão na quinta-feira (5), em Campo Grande e Sidrolândia, contra Serra, seu assessor, Carmo Name Junior, e o empresário Cleiton Nonato Corrêa.
Claudinho voltou para a cadeia pouco mais de um ano após a primeira prisão, em abril de 2024, na 3ª fase da Tromper. Ele estava em sua casa, em prédio residencial de luxo na região central de Campo Grande.
Além disso, as equipes também cumpriram 29 mandados de busca e apreensão contra dois servidores da Prefeitura de Sidrolândia, ex-secretários e ex-funcionários da gestão da ex-prefeita Vanda Camilo, a esposa de Claudinho e filha de Vanda, Mariana Camilo de Almeida Serra, entre outros.

Operação Tromper
Com as primeiras fases, a investigação identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.
O MPMS aponta na denúncia que o grupo criminoso agia para fraudar e direcionar licitações em Sidrolândia, favorecendo-se.
Com isso, desviava valores desses contratos para os investigados. Claudinho, então secretário de Fazenda do município, seria mentor e teria cooptado outros servidores. Assim, o ex-vereador e outros dois alvos de mandados de prisão foram presos na semana passada.
A 4ª fase da operação mirou mais de 20 pessoas ligadas a administração pública. A ação da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, Gecoc e Gaeco cumpriu três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão.
Claudinho Serra comandou esquema de corrupção
O parlamentar atuou como secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e está implicado na 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada em abril de 2024.
Claudinho Serra e outros 22 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Assim, investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários.
Entretanto, os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
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