O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome destinará R$ 828 mil a Corumbá como repasse emergencial para locais que estão recebendo ou receberão refugiados e migrantes por conta das crises humanitárias internacionais.
Dentre as 28 localidades em todo o país, a Cidade Branca, na fronteira com a Bolívia, é a única sul-mato-grossense na lista. Em 2024, o município recebeu 1,2 mil imigrantes venezuelanos e 500 de outras nacionalidades.
Os recursos serão para ações socioassistenciais para garantir acolhimento digno a essas pessoas vulneráveis. Os valores serão repassados em parcela única em 2025, referentes a seis meses de atendimento e o cálculo considera grupos a partir de 50 indivíduos.
Corumbá acolherá 345 refugiados. Assim, os municípios terão 30 dias após receber os recursos para enviar um plano de ação
A proposta deve ter acolhimento humanizado, distribuição de alimentos e kits de higiene, acesso à saúde e documentação. Além disso, o Executivo Municipal deve inserir as famílias em programas sociais e acompanhamento familiar.
A medida busca organizar o fluxo migratório que vem pressionando principalmente cidades fronteiriças. Desse modo, o Nordeste, que já possui experiência no acolhimento de venezuelanos e haitianos, terá papel estratégico nessa nova fase.
Casa do Migrante e Fronteira
Em Corumbá, a Casa do Migrante e Fronteira oferece alojamento provisório para as pessoas migrantes e refugiadas em vulnerabilidade social, que chegam à cidade sul-mato-grossense.
No espaço, essa população também tem acesso à alimentação e atendimento de equipe especializada. Atualmente, o local tem capacidade para acolher 25 migrantes e refugiados simultaneamente.
Entre janeiro e março de 2025, a Casa do Migrante acolheu 515 pessoas. No ano passado, o total de atendimentos chegou a 1,7 mil. Dentre esse número, 1,2 mil vinham da Venezuela.
Em abril, o ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, esteve em Corumbá para fortalecer o acolhimento a essas pessoas. Na ocasião, o Governo de Mato Grosso do Sul apresentou demandas locais ao Governo Federal, com destaque para o pedido de apoio à ampliação da Casa do Migrante e Fronteira.
Plano de trabalho entregue pelo prefeito Dr. Gabriel (PSB) previa a ampliação do espaço, permitindo dobrar a capacidade de atendimento de 25 para 50 pessoas.
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