Após ser preso novamente pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), Claudinho Serra (PSDB), seu pai, esposa e outras 11 pessoas se tornaram réus na 4ª fase da Operação Tromper, que segue nas investigações de esquema de corrupção que desviou milhões em contratos na prefeitura de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande.
O juiz responsável pelo caso, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, aceitou denúncia oferecida pelo Ministério Público. Então, tornaram-se réus por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro, as seguintes pessoas:
- Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema
- Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho
- Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho
- Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho
- Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name
- Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras
- Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho
- Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago
- Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar
- Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau
- Edmilson Rosa – Empresário
- Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário
- Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton
- Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton
Ao aceitar a denúncia, o magistrado pontua que “a investigação revelou a existência de um esquema criminoso estrutural e organizado, composto por núcleos distintos, que atuavam de forma independente, com divisão clara e coordenada de tarefas”.
Assim, os réus serão intimados a apresentar resposta à acusação.
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Nova prisão de Claudinho Serra

O ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) é um dos alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele foi preso em seu apartamento na manhã do dia 5 de junho, em prédio de luxo no Jardim dos Estados, em Campo Grande.
Claudinho chegou a ir para a prisão na 3ª fase, em abril de 2024, ficou 23 dias em reclusão e saiu com tornozeleira eletrônica. Entretanto, a defesa dele, feita pelo advogado Tiago Bunning, alega que não existem motivos para uma nova prisão.
“Está sob monitoramento eletrônico, fazendo uso de tornozeleira desde 26/04/2024, ou seja, há 14 meses. Neste período, não foi comunicada a prática de crime e não houve violação das medidas cautelares. Não existem motivos para nova ordem de prisão”, diz nota.
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4ª fase da Operação Tromper
O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.
Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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