Preso pela segunda vez, o ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB) está em uma cela do Centro de Triagem “Anísio Lima”, no complexo prisional do Noroeste, saída para Três Lagoas.
O presídio é conhecido em Campo Grande por abrigar acusados de corrupção, principalmente políticos. O local é o mesmo que Serra ficou da primeira vez que foi preso, em abril do ano passado.
O político está detido desde quinta-feira passada (5), quando o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) deflagrou a 4ª Fase da Operação Tromper, que aponta o tucano como o chefe do esquema que desviou milhões dos cofres públicos de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Fazenda durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.
Homens envolvidos em desvios na SED (Secretaria Estadual de Educação) durante a gestão do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) também ficaram por lá, como o ex-adjunto, Edio Antonio.
‘Hospedado’ no presídio, Claudinho está submetido a algumas regras, como receber até dois visitantes aos domingos, entre 9h e 15h30, e receber até dois quilos de alimentos das visitas, por exemplo.
Preso junto de Claudinho, Carmo Name foi levado para o Presídio de Trânsito. Além deles, foi preso o empreiteiro Cleiton Nonato Correia, da GC OBras.
Conforme decisão do juiz de Sidrolândia, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, os três são acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Na sentença, o magistrado pontua que a prisão é necessária para ‘garantia da ordem pública’.
O Gaeco aponta o político do PSDB como o ‘chefe’ do esquema. Ele foi secretário de Fazenda no município, durante gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo.
Prisão de Claudinho Serra

O ex-vereador Claudinho Serra (PSDB) é um dos alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele foi preso em seu apartamento na manhã de quinta-feira (5), em prédio de luxo no Jardim dos Estados, em Campo Grande.
Claudinho chegou a ir para a prisão na 3ª fase, em abril de 2024, ficou 23 dias em reclusão e saiu com tornozeleira eletrônica. Entretanto, a defesa dele, feita pelo advogado Tiago Bunning, alega que não existem motivos para uma nova prisão.
“Está sob monitoramento eletrônico, fazendo uso de tornozeleira desde 26/04/2024, ou seja, há 14 meses. Neste período, não foi comunicada a prática de crime e não houve violação das medidas cautelares. Não existem motivos para nova ordem de prisão”, diz nota.
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4ª fase da Operação Tromper
O MPMS deflagrou a nova fase da operação após investigação descobrir que o esquema criminoso chefiado por Claudinho continuou mesmo após as fases anteriores.
Assim, essa nova etapa visa ao aprofundamento das investigações, que miram em fraudes em licitações e contratos administrativos da Prefeitura de Sidrolândia.
Além disso, são contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
Entretanto, o grupo apurou que a organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Nessa nova fase, foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de enormes quantias de propina a agentes públicos. Ainda, os crimes de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes também foram descobertos.
As novas ‘batidas’ do braço investigativo do MP acontecem dois anos após a Tromper; ou seja, de lá para cá, foram três fases da operação, que revelou esquema de desvios milionários em contratos públicos na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra ocupou cargo de secretário de Fazenda, durante a gestão da sogra, a ex-prefeita Vanda Camilo. Faziam parte do grupo empresários e servidores, além do político.
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