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Transparência

Após ter HC negado, defesa de Claudinho Serra deve ir ao STJ tentar liberdade

Político do PSDB está há mais de um mês na prisão, acusado de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro
Gabriel Maymone -
Claudinho Serra na última sessão que participou na Câmara, em 2 de abril de 2024, um dia antes de ser preso pela 1ª vez (Reprodução)

Preso pela segunda vez, Claudinho Serra (PSDB) encontra mais dificuldade para conseguir a liberdade dessa vez. Enquanto no ano passado o político — e pecuarista como se autointitula — obteve liminar para deixar a prisão concedida ainda no (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), dessa vez a história foi diferente.

Nesta terça-feira (8), a 2ª Câmara Criminal negou, por unanimidade, habeas corpus para livrar Serra da prisão. Inclusive do desembargador José Ale Ahmad Netto, o mesmo que havia concedido medidas cautelares diversas à prisão na primeira vez.

Assim, o que representa o ex-vereador, Tiago Bunning, afirmou que a próxima medida cabível é recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, disse que é necessário aguardar a publicação da decisão.

Outra diferença é o tempo atrás das grades. No ano passado, Claudinho ficou 23 dias preso. Este ano, já completou mais de um mês no presídio.

Ele, seu assessor, Carmo Name Júnior, e o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC Obras) foram presos no dia 5 de junho, após o Gaeco deflagrar a 4ª fase da Operação Tromper. Nesta nova etapa das investigações, eles e outras 11 pessoas já se tornaram réus por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Recentemente, presos em operações contra em Mato Grosso do Sul acabam recorrendo ao STJ após esgotar recursos na Justiça Estadual.

É o caso, por exemplo, de filho do prefeito de , Fernando Fernandes, empresários e servidores, presos na Operação Malebolge, que só conseguiram deixar a prisão após recurso na Corte Superior.

Relembre as prisões de Claudinho:

Além disso, as equipes também cumpriram 29 mandados de busca e apreensão contra dois servidores da Prefeitura de , ex-secretários e ex-funcionários da gestão da ex-prefeita Vanda Camilo, a esposa de Claudinho e filha de Vanda, Mariana Camilo de Almeida Serra, entre outros.

Ainda cabe recurso da decisão. Porém, o juiz que determinou as prisões, Bruce Henrique dos Santos Bueno Silva, irá reavaliar a necessidade de manter os réus presos em 90 dias, ou seja, início de setembro.

À reportagem, o advogado Tiago Bunning, que representa Claudinho Serra, disse que irá “aguardar a publicação da decisão para saber quais serão os próximos passos”.

Claudinho Serra ao lado da esposa, Mariana, e seu pai, Claudio Serra. (Reprodução)

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Operação Tromper

Com as primeiras fases, a investigação identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.

O MPMS aponta na denúncia que o grupo criminoso agia para fraudar e direcionar licitações em Sidrolândia, favorecendo-se.

Com isso, desviava valores desses contratos para os investigados. Claudinho, então secretário de Fazenda do município, seria mentor e teria cooptado outros servidores. Assim, o ex-vereador e outros dois alvos de mandados de prisão foram presos.

A 4ª fase da operação mirou mais de 20 pessoas ligadas à administração pública. A ação da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, do Gecoc e do Gaeco cumpriu três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão.

Aliás, a nova investida das autoridades contra o esquema de corrupção chefiado por Serra atingiu diretamente o núcleo familiar do político. O pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra, e a esposa, Mariana Camilo de Almeida Serra — filha da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo —, foram indiciados.

Veja abaixo todos os réus na 4ª fase da Tromper:

  • Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema;
  • Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho;
  • Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho;
  • Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho;
  • Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name;
  • Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras;
  • Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho;
  • Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago;
  • Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar;
  • Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau;
  • Edmilson Rosa – Empresário;
  • Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário;
  • Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton;
  • Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton.

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