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Transparência

Agepen diz que Claudinho Serra violou restrições da tornozeleira e depois volta atrás

Ministério Público pediu explicações para analisar novo pedido de prisão contra ex-vereador
Gabriel Maymone -
Claudinho Serra usa tornozeleira após investigação. (Reprodução)

A um mês de vencer o prazo para retirar a tornozeleira, o ex-vereador de , Claudinho Serra (), pode voltar para a prisão. Isso porque a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou à Justiça que o político havia violado as restrições da medida cautelar. Então, o documento oficial dizia que “sugerimos a regressão de regime”, pedindo que seja avaliada a decretação novamente da prisão.

O tucano é réu junto com outras 22 pessoas em ação que coloca o ex-parlamentar como chefe de um esquema de corrupção em Sidrolândia, cidade a qual exerceu cargo de secretário de Fazenda durante mandato da sua sogra, Vanda Camilo (PP). Ele foi preso no dia 3 de abril de 2024 e solto 23 dias depois, com tornozeleira eletrônica.

No entanto, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) informou que pouco mais de 24h depois, a agência penitenciária enviou novo relatório informando que Claudinho está cumprindo as determinações impostas, sem histórico de descumprimento.

Então, a juíza em substituição legal, Larissa Ribeiro Fiuza, deu prazo de 15 dias para a Agepen esclarecer o ocorrido, bem como “apresentar relatório dos últimos 12 meses de acompanhamento dos monitorados”.

Documentos da Agepen também informavam descumprimento por parte do assessor de Claudinho, Carmo Name Júnior.

Assim, o Tiago Bunning, que representa Claudinho no processo, disse à Justiça que o político não violou o monitoramento eletrônico, informando que “o assistido não saiu de sua residência”.

Ainda, pontua que as violações apresentadas “só podem ser motivadas por algum problema de conectividade da tornozeleira eletrônica ou de sua área de inclusão”.

Por fim, reforçou que a Central de Monitoramento da Agepen apresente relatório constando a exata localização de Claudinho nos períodos em que o relatório apontou que ele estaria fora de sua residência durante recolhimento noturno.

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Juiz que prorrogou tornozeleira a Claudinho disse que ele ‘causou prejuízo à sociedade’

Claudinho Serra na última sessão que participou na Câmara, em 2 de abril (Reprodução)

Ao prorrogar por mais seis meses o uso de tornozeleira eletrônica a Claudinho Serra, o juiz responsável pelo caso, Fernando Moreira Freitas da Silva, destacou que: “Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, diz trecho da decisão.

Pesou ainda o fato de que, mesmo com a primeira deflagração da Operação Tromper, os crimes continuaram.

No processo, o MPMS havia se manifestado contra a retirada do equipamento e citou que o tucano vive uma dependência de cargos políticos.

Hoje réu por , sempre atuou diretamente com a cúpula do PSDB com o ex-governador Reinaldo Azambuja e Sérgio de Paula, conforme consta em sua própria biografia: “Em 2016, foi convidado pelo então governador Reinaldo Azambuja para ser um dos coordenadores de campanha dos candidatos do PSDB nos municípios. Também atuou no Governo do Estado, especificamente nos assuntos políticos de Campo Grande, diretamente com o secretário de Articulação Política, Sérgio de Paula”.

Disputou a primeira – e única – eleição em 2020, quando obteve modestos 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu o mandato como vereador após uma sequência de situações. A primeira, com o titular do mandato, João Cesar Mattogrosso, assumindo cargo no governo do Estado. Assim, o 1º suplente, Ademir Santana, foi chamado. Depois, o vereador João Rocha assumiu também um cargo no governo. Então, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.

Por fim, conseguiu o mandato em definitivo quando Ademir Santana renunciou ao cargo alegando que deixava a vaga para a qual foi eleito para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ademir renunciou e entregou a vaga para Claudinho um mês antes da deflagração da Operação Tromper.

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