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Transparência

Vanda Camilo nomeou servidor ‘fruta podre’ logo após assumir prefeitura de Sidrolândia

Citada em esquema de corrupção, Vanda disse que foi alvo de armação para nomear 'fruta'
Dândara Genelhú -
vanda
No último ano, gestão de Vanda Camilo gastou quase R$ 1,5 milhão com diárias. (Reprodução)

Tiago Basso da Silva, chamado de ‘fruta podre’ por Vanda Camilo (PP) foi nomeado pela própria prefeita em janeiro de 2021. A nomeação do servidor aconteceu logo após a ex-presidente da Câmara assumir o Executivo do município, a 70 quilômetros de .

O ex-servidor de , Tiago Basso da Silva, fez delação premiada após ser preso em operação contra corrupção no município. Vanda foi citada por ele sobre desvio de dinheiro público em Sidrolândia.

Após a largada da corrida eleitoral, a prefeita que concorre à reeleição se posicionou sobre o ex-servidor. Vídeo publicado nas redes sociais afirma que Vanda ‘foi vítima de armação’. A prefeita disse ainda que o servidor foi nomeado no mandato anterior.

“Colocaram uma fruta podre na prefeitura, fui vítima de uma armação e cortei na própria carne. Demiti meu genro e todos os outros investigados, não admito esse tipo de conduta com a minha cidade”, disse Vanda no vídeo.

Nomeado pela prefeita

Contudo, publicações de diário oficial rebatem as afirmações de Vanda. Isso porque em 7 de janeiro de 2021 a prefeita nomeou Tiago como Assessor Especial de Apoio Administrativo.

Então, em 12 de janeiro, suspendeu a publicação da outra semana para dar novo cargo a Tiago. Logo, o ex-servidor passou a ser Chefe de Setor de Execuções e Fiscalização.

Tiago ficou na gestão até 2023, até sua prisão durante a segunda operação da Tromper. A prefeita exonerou o ex-servidor apenas em 21 de julho.

Delação cita Vanda

A Justiça levantou o sigilo da colaboração premiada do ex-servidor de Sidrolândia, Tiago Basso da Silva. Assim, liberou o acesso ao depoimento que citou a prefeita Vanda Camilo (PP) e o genro dela, Claudinho Serra (PSDB) — vereador de Campo Grande que está afastado da Casa de Leis.

A prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), pode ser implicada no esquema de corrupção supostamente chefiado pelo genro, Claudinho Serra (PSDB), segundo a delação na Operação Tromper.

Confira o vídeo publicado:

https://www.instagram.com/reel/C-8r48Sp8eq/embed/captioned/?cr=1&v=14&wp=540&rd=https%3A%2F%2Fmidiamax.uol.com.br&rp=%2Fpolitica%2Ftransparencia%2F2024%2Fcitada-em-esquema-de-corrupcao-vanda-diz-que-ex-servidor-e-fruta-podre-na-prefeitura-de-sidrolandia%2F#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A1325%2C%22ls%22%3A811.6999999992549%2C%22le%22%3A1144.5%7D

PGJ vai decidir se Vanda Camilo será investigada

Assim, a possível investigação da prefeita Vanda Camilo segue nas mãos do PGJ (Procurador-Geral de Justiça), Romão Avila Milhan Júnior.

A instauração de procedimento investigatório contra prefeito municipal é da competência do Procurador-Geral de Justiça. Assim, o PGJ também pode designar alguém para tal fim, por causa do foro privilegiado da sogra do vereador de Campo Grande, Claudinho Serra.

A prefeitura de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, se tornou alvo do grupo que fraudava licitações e desviava verbas públicas, segundo as investigações dos promotores de justiça. Mas, agora, depende do chefe deles, a continuidade da apuração envolvendo Vanda.

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) homologou o acordo de delação para o ex-servidor da prefeitura de Sidrolândia Tiago Basso da Silva. O acordo menciona 22 alvos da terceira fase da Operação Tromper. Além disso, a prefeita de Sidrolândia estaria implicada.

Tiago ocupava cargo comissionado como chefe de setor de execuções e fiscalização na Prefeitura de Sidrolândia. Preso em 21 de julho de 2023, na segunda fase da operação Tromper, ele foi alvo de busca e apreensão na primeira fase. Dias depois, acabou sendo exonerado do cargo pela prefeita Vanda Camilo (PP). As investigações apontaram que Tiago supostamente recebia vantagens indevidas e repassava informações privilegiadas e sigilosas sobre os procedimentos licitatórios. Desta forma, proporcionava que empresas ganhassem as licitações.

claudinho serra vanda camilo sigilo
Prefeita Vanda Camilo. (Nathália Alcântara, Midiamax)

Vanda escapou de investigação na Câmara

Após manifestações de moradores de Sidrolândia contra a prefeita Vanda Camilo, vereadores sob pressão chegaram a abrir CPI para apurar irregularidades. No entanto, enterraram as investigações uma semana após sua abertura.

O vereador Carlos Henrique Olindo (PSDB) solicitou o arquivamento do requerimento. Os parlamentares aprovaram por maioria.

O parlamentar, que é filho de advogado que atua na defesa de ré da Operação Tromper, relembrou o requerimento apresentado em 16 de abril por Enelvo Felini Júnior (PSDB). Então, na semana seguinte, votaram a abertura da comissão, que recebeu 12 votos favoráveis.

Somente o vereador Gabriel Auto Car (PSD), citado na investigação, votou contra. Olindo afirma que o Legislativo não tem mecanismos suficientes para investigar o caro e que o inquérito não chega a citar diretamente a prefeita Vanda Camilo.

Por isso, caberia ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tal investigação e não à Câmara. Assim, o vereador pediu o arquivamento do requerimento de Enelvo.

Ele ainda alegou que como não houve formação da comissão, foi descumprido o rito. No pedido, o parlamentar diz que, caso fatos novos apontem a participação da prefeita nos crimes, a abertura da comissão pode ser votada novamente.  

Operação Tromper

Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na prefeitura de Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Durante as investigações, foi descoberto, segundo o Gecoc, conspiração entre empresas que participaram de licitações.

Elas firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários. Ainda segundo as apurações, também foi investigada a existência de uma organização criminosa voltada as fraudes em licitações e desvio de dinheiro público.

Além disso, foi apurado o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.

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