Pular para o conteúdo
Transparência

Preso em SC, ex-diretor do HRMS acompanhará online julgamento por desvios de R$ 20 milhões

Rehder e Guga, atual prefeito de Novo Horizonte do Sul pelo PSDB, são réus por improbidade administrativa
Gabriel Maymone -
hrms julga desvios
Rehder (acima) e Aldenir são réus por desvios quando eram diretores do HRMS (Reprodução, Ana Laura Menegat/ Midiamax)

O julgamento dos ex-diretores do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rehder dos Santos Batista e Aldenir Barbosa do Nascimento (PSDB), está marcado para o dia 22 de outubro. Aldenir é conhecido como Guga e o atual prefeito de . Os dois são réus em ação por improbidade administrativa e acusados de desviar R$ 20 milhões do hospital.

Preso desde junho em Itajaí, Santa Catarina, Rehder deverá acompanhar a sessão de audiência de instrução e julgamento do presídio, de forma remota. A Justiça de MS já notificou o Presídio Regional de Itajaí sobre a sessão.

Isso porque, o julgamento deveria ter ocorrido no início de setembro. Porém, a defesa de Rehder alegou que ele não poderia participar, já que estava preso. Então, a Justiça adiou o julgamento e já providenciou a participação remota do ex-diretor.

A audiência será realizada pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa.

Réu concorre à reeleição

Guga concorre à reeleição este ano e figura como único candidato nas eleições de 2024 em Novo Horizonte do Sul, município ao sul de MS, distante 326 km de .

Conforme noticiado pelo Jornal Midiamax recentemente, Rehder foi preso em junho, em Itajaí, Santa Catarina, onde estava morando. O desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, da 3ª Câmara Criminal, expediu mandado de prisão preventiva.

Também são réus no processo os empresários Luiz Antônio Moreira de Souza e Michela Ximenes Castellon, proprietários da Novos Ciclos Produtos e Equipamentos para Saúde Ltda.

Grupo simulava compra de medicamentos

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Rehder, juntamente com o ex-diretor administrativo e financeiro do hospital na época, Aldenir, praticaram os desvios juntamente com os empresários.

Estoque no HRMS (Reprodução, MPMS)

Ao menos quatro denúncias contra Rehder e Aldenir tramitam no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suspeita de desvios do HRMS. Os valores ultrapassam os R$ 20 milhões desviados no período de 4 anos.

As ações do MPMS indicam que os dois, então servidores da Funsau (Fundação Serviços de Saúde), atuavam com mais servidores e também com empresários, donos de lojas de venda de medicamentos.

Desta forma, o grupo simulava a compra de vários tipos de medicamentos e também materiais hospitalares, mas esses produtos nunca chegavam. Mesmo assim, inseriam os dados falsos no sistema, como se os produtos dessem entrada e também saída.

Acontece que esses produtos nunca chegaram ao hospital, mas as empresas receberam. Essas, por sua vez, emitiam notas falsas e depois dividiam os valores com os servidores.

Em uma das ações apresentadas pelo MPMS, conversas entre Rehder e um empresário, que chegou a ser detido em flagrante na Operação Parasita, são expostas. Em trechos, é possível ver o empresário negociando a entrega de um Prisma para o servidor.

Policial do Gaeco na Operação Parasita (Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax)

Medicamentos não chegavam ao HRMS

Em uma das denúncias, datada de abril, o MPMS indica que o grupo criminoso simulou em 2016 a compra de kits de imunotestes de metotrexato.

Porém, uma funcionária acabou estranhando a grande quantidade de kits comprados. Segundo dados identificados nos sistemas do HRMS, a média anual de consumo desses kits era de 5 por ano, considerando que cada kit tinha 100 testes.

No entanto, os suspeitos teriam feito a compra de 90 kits em 2016, o que duraria ao menos 18 anos. Mesmo assim, eles deram entrada nos produtos no sistema e, no mesmo dia, deram baixa nos 9.000 testes.

Foi comprovado que, em 2016, foram feitos apenas 141 exames daquele tipo. Ou seja, menos de 2 kits foram utilizados.

Neste ano, foram oferecidas denúncias em abril, março e a última em julho. Em todas, os valores dos desvios apresentados são milionários, chegando ao total de R$ 22.099.083,20.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Moraes alerta que live pode levar à prisão de Bolsonaro e bloqueia Pix de Eduardo

Foragido, ex-policial militar condenado por contrabando de cigarros é preso após reconhecimento facial  

biblioteca

Férias na Biblioteca: atividades gratuitas continuam nesta terça-feira

Onde assistir: terça tem Brasil na Copa América Feminina e brasileiros na Sul-Americana

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Conselhão Nacional inclui em pauta denúncia contra atuação do MPMS

carne frigorifico

Pecuaristas dos EUA aprovam suspensão total da importação da carne brasileira

Mulher é espancada e esfaqueada nas costas por marido ao negar sexo em MS

Últimas Notícias

Famosos

‘Não sentiu dor’, detalha Carolina Dieckmann sobre últimos dias de Preta Gil

Ao Estudio I, Carolina Dieckmann abriu o coração e deu detalhes de como Preta Gil estava nos últimos dias de sua vida; confira

Polícia

MS é alvo da PF em ação contra organização que fraudou mais de R$ 60 milhões em licitações do DNIT

Organização tinha 13 quadros obras de arte de Guignard e Portinari

Cotidiano

Atenção, condutores: semáforos do cruzamento da Afonso Pena com a Rua Alexandre Faráh estão desligados

Condição reforça a necessidade de atenção dos condutores no trecho movimentado de Campo Grande

Cotidiano

Até o IBGE: mapa ‘confunde’ MT com MS e coloca Amazônia em Mato Grosso do Sul

Mapa oficial, publicado pelo instituto em 2024, com siglas invertidas foi retirado do ar após repercussão negativa