Prefeito e ex-secretário de Coronel Sapucaia são condenados em ação de improbidade

Cancelamento de R$ 3,5 milhões em empenhos no último mês de mandato foi alvo da denúncia

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Prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold (Alems)

Na última semana, o prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold (MDB), e o ex-secretário de finanças, Ivan Adriano Vermohlen Vilhalva, foram condenados por atos de improbidade. A denúncia implica no cancelamento de empenhos na ordem de R$ 3,5 milhões no último mês de mandato do prefeito, em dezembro de 2012.

A denúncia foi feita em agosto de 2015, apontando irregularidades na gestão de Rudi. O então prefeito, reeleito em 2020, teria efetuado várias despesas, liquidadas e não liquidadas, mas sem condição de pagar no exercício financeiro de 2012.

Foi instaurado o inquérito identificando que, no último mês do mandato, em dezembro de 2012, ele teria cancelado R$ 3,5 milhões em empenhos. “Conforme documentação apresentada ao Ministério Público, dentre os empenhos cancelados, ao menos seis mostraram-se absolutamente irregulares, haja vista que se tratavam de despesas já liquidadas”, diz trecho da denúncia.

O então secretário de finanças confirmou que era responsável por receber as notas fiscais do setor de compras e determinar o pagamento. Na fase de interrogatórios, os réus alegaram denúncia política.

A juíza Mayara Luiza Schaefer Lermen, da Vara Única de Coronel Sapucaia, condenou os réus. Rudi deverá pagar multa civil de até 20 vezes a última remuneração como prefeito de Coronel Sapucaia, que era em torno de R$ 11 mil.

Já Ivan terá que pagar o valor referente ao salário enquanto secretário. As multas terão correção monetária e juros. Além disso, ficam os réus proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios, ou incentivos fiscais, pelo prazo de 2 anos.

Ivan tem uma empresa atualmente, que firmou em dezembro de 2023 contrato com a Prefeitura de Amambai recentemente, para reforma em uma escola do município.

A revitalização custará R$ 1.076.867,45 aos cofres da gestão. Com prazo de 6 meses.

O Midiamax tentou contato com a defesa dos réus e aguarda retorno. A reportagem foi embasada em documento oficial e público e por isso está passível de edição para acréscimo de posicionamento.

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