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Transparência

MPMS aponta que Vicentina gastou R$ 1 milhão com shows ao invés de investir em creches

Alegando falta de recursos, município comemorou aniversário com artistas nacionais como Simone Mendes, Hugo e Guilherme e Kamisa 10
Beatriz Magalhães -
Imagem ilustrativa (Nathalia Alcântara, Arquivo Midiamax)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), publicou decisão sobre procedimento aberto em abril deste ano para investigar as condições de vagas nas creches de , cidade de 6.336 habitantes, localizada a 246 quilômetros da Capital. De acordo com a decisão, a Prefeitura de Vicentina tem até 30 dias para disponibilizar as vagas, atendendo a demanda existente.

De acordo o MPM, no último ano, 41 crianças aguardavam por vaga em creche no município e, com isso, foi encaminhada notificação para que o município apresente as providências. 

A justificativa, na época, foi falta de recursos, contudo, diante investigações, foi observado que no aniversário do município, a prefeitura gastou mais de R$1,3 milhão, além de outras despesas pagas com recurso da Fundação de Cultura do Estado, com a contratação de artistas nacionais como  Isadora Pompeu, Simone Mendes, Guilherme e Santiago, Detonautas e Kamisa 10, Hugo e Guilherme.

Com isso, o Ministério Público confirmou a lesão ao direito à educação das crianças de zero a três anos, em razão da falta de vagas em Vicentina e, desse modo, instaurou o Termo de Ajustamento de Conduta. 

Prazos e Multas

Também foi definido um prazo de até três meses para conseguir um novo imóvel, visando atender a demanda municipal, cumprindo o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente). 

A prefeitura também tem um prazo de seis meses para iniciar processo licitatório a fim contratar uma empresa para ampliar ou construir nova creche, além do prazo de um ano para dar início às obras referentes à licitação. 

O prefeito de Vicentina, Marcos Benedetti (PSDB) afirmou que “Nós comprovamos pro MP que não temos crianças na fila de espera, mas estamos providenciando o projeto de ampliação para construção de duas salas para atender as demandas futuras”.

Falta de vagas

Em outubro de 2023, o Midiamax publicou material sobre a falta de vagas e as 30 mil crianças que aguardavam na fila por escola em Mato Grosso do Sul. Em uma iniciativa inédita no Estado, entidades lideradas pelo TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) com atuação em âmbito estadual e nacional se uniram em torno de um plano integrado para a garantia de direitos da primeira infância.

A ideia é sensibilizar gestores públicos em todo o Estado a adotarem políticas públicas efetivas, com foco nas crianças de 0 a 6 anos e que possam ir além da educação, abrangendo uma série de direitos.

Também como forma de contribuir com a causa da primeira infância em Mato Grosso do Sul, o TCE-MS anunciou que irá abrir mão de R$ 1 milhão por mês do duodécimo, durante um ano, para que o Governo do Estado use esse recurso na construção de creches.

O anúncio foi feito pelo conselheiro Jerson Domingos, presidente da corte de contas, durante o 1º Congresso dos Municípios de Mato Grosso do Sul, em outubro de 2023. Na ocasião, o órgão também começou a firmar acordos de cooperação com os 79 municípios para adesão ao Programa Integrado pela Garantia dos Direitos da Primeira Infância.

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