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Transparência

Militares de MS indiciados pela PF por golpe de Estado recebem R$ 58 mil por mês

Ministério Público do TCU pediu suspensão dos salários
Dândara Genelhú -
indiciados pf militares
Bernardo Romão Corrêa Neto, Bolsonaro e Laércio Vergílio foram indiciados. (Reprodução, Redes Sociais)

O Ministério Público do TCU (Tribunal de Contas da União) pediu a suspensão das remunerações dos 25 militares indiciados pela Polícia Federal por de Estado. Dois militares de estão entre os indiciados e somam salário de R$ 58 mil.

Conforme o documento do MPTCU, o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto recebe mensalmente R$ 28,1 mil. Enquanto o coronel reservista Laércio Vergílio tem remuneração de R$ 30,3 mil por mês.

As solicitações são assinadas pelo subprocurador-Geral, Lucas Rocha Furtado. “O dispêndio de recursos públicos com remunerações de agentes públicos indiciados por fatos tão graves mostra-se, à evidência, inteiramente incompatível com o princípio da moralidade administrativa”, destacou no pedido.

Além disso, afirmou que existem indícios de ligação “entre a trama golpista engendrada pelos 37 indiciados e os prejuízos aos cofres públicos decorrentes dos atos de destruição do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023, que montam em R$ 56 milhões”. Portanto, pediu também a indisponibilidade dos bens e patrimônio dos militares indiciados.

Militares de MS

O coronel Laércio Vergílio, reformado em MS, está entre os indiciados pela PF na quinta-feira (21). Em março deste ano, trechos de áudios interceptados pela Polícia Federal, apontam o militar de Campo Grande afirmando que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, deveria ser preso num domingo, “como ele faz com todo mundo”.

Laércio prestou depoimento na sede da Polícia Federal em , em 22 de fevereiro de 2024, nas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, no âmbito da Operação Tempus Veriatis.

O segundo coronel indiciado na quinta-feira (21) é Bernardo Romão Corrêa Neto. O militar atuou em MS por um período. Ele foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, após os atos de 8 de janeiro de 2023.

No começo do ano, o investigado foi apontado como um dos integrantes do núcleo, já que tentou dar um suposto golpe de Estado no país e anular o resultado das eleições de 2022.

Até então, Bernardo trabalhou em Mato Grosso do Sul, quando comandou o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado, “Regimento ”. Enquanto estava nos Estados Unidos, se entregou às autoridades após descobrir sobre o mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.

Bolsonaro entre os indiciados

Além dos coronéis de MS, a PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o general Braga Netto (PL) e mais 35 pessoas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

O relatório da investigação de 884 páginas foi enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal). Com o indiciamento, a PF apontou quais crimes os investigados teriam praticado a partir do conjunto de elementos reunidos ao longo da investigação.

Pela primeira vez, um presidente eleito no período democrático é indiciado como responsável por tramar contra a democracia no país.

As investigações apontaram que os indiciados se estruturaram por divisão de tarefas. Isso teria permitido a “individualização das condutas e a constatação da existência de grupos”, segundo a PF.

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