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Transparência

Juiz manda suspender atividades de empresa que teria dado golpe de R$ 40 milhões em investidores

A empresa foi alvo de operação da Polícia Federal e responde a vários processos
Renata Portela -
Sede da RSI em Dourados (Arquivo, Midiamax)

Decisão publicada no Diário Oficial da Justiça desta segunda-feira (22) determinou a das atividades da empresa RSI Negócios Financeiros Ltda (CNPJ 09.118.176/0001-17), acusada de esquema de pirâmide a partir de investimentos no mercado financeiro. A empresa foi alvo de operação da Polícia Federal em julho de 2021.

Conforme a decisão do juízo da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, o valor da causa é de R$ 60 milhões. Foi concedida em parte a tutela de urgência, com a determinação da suspensão das atividades da empresa.

Isso também compreende a divulgação na mídia voltada para qualquer serviço de investimento, sob pena de multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 500 mil, em caso de descumprimento da ordem.

Esse valor será revertido a fundo municipal ou estadual destinado à defesa dos consumidores. A empresa também responde a outras ações na Justiça de Mato Grosso do Sul.

Operação e denúncia

Em fevereiro deste ano, os sócios da empresa se tornaram réus pela Justiça Federal, por suspeita de participação no esquema de pirâmide que teria dado um de ao menos R$ 40 milhões em investidores.

Em julho de 2021, a Polícia Federal realizou a operação Romeu Sierra Índia, contra a empresa. Foram dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 19 de busca e apreensão cumpridos.

As cidades alvo da operação foram Dourados, , , Naviraí, Porto Murtinho, Amambai, Franca (SP) e Maringá (PR). Também foi determinado sequestro e bloqueio de mais de R$ 40 milhões em bens da organização criminosa.

Com sede em Dourados e filial em Ponta Porã, a RSI era o principal foco da Romeu Sierra Índia, sendo denunciada em 2020 e em fevereiro de 2021 por crimes financeiros, por vítimas do esquema.

Assim, apresentada como empresa de investimentos na Bolsa de Valores, a RSI estaria, de fato, operando esquema de pirâmide que causou prejuízo de dezenas de milhares de reais a várias pessoas.

A RSI chegou a ter cerca de 2.000 clientes interessados em lucro prometido que, em alguns casos, chegaria a 15%. Políticos, empresários e até funcionários do Poder Judiciário estariam entre as vítimas.

Em 2020, a PF recebeu comunicado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre uma empresa dedicada a captar recursos para investimento posterior, sem aval da instituição.

A organização seria especializada em captar recursos dos “clientes” para devolver ganhos vultosos. Investimentos de até R$ 50 mil tinham ganhos rachados meio a meio. Quem aplicasse acima do valor, tinha direito a 70% dos lucros. As denúncias falam de investidores que enxertaram R$ 200 mil na operação da RSI.

Em 2 anos, a RSI movimentou mais de R$ 60 milhões, com parte dos valores sendo remetida para (Reino Unido) depois que a CVM barrou as atividades da empresa. O descumprimento da ordem de trabalho resultou em multa de R$ 600 mil.

A promessa de lucro se converteu em dezenas de ações cíveis, nas quais os investidores exigem a devolução do dinheiro e indenizações.

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