Investigação sobre venda de sentenças por desembargadores do TJ-MS vai parar no STF

Cinco desembargadores foram afastados

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Tribunal de Justiça de MS (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

O STF (Supremo Tribunal Federal) assumiu a investigação da venda de sentenças por desembargadores do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que foram alvo da Operação Último Rátio, deflagrada pela Polícia Federal, no dia 24 deste mês. 

O presidente do STF,  Luís Roberto Barroso, afirmou nesta nesta sexta-feira (25) que “não haverá tolerância ou condescendência” com desembargadores do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acusados de vender sentenças caso as suspeitas sejam confirmadas.

Barroso deu a declaração para o jornal Folha de São Paulo. “A integridade pessoal, a competência técnica e a imparcialidade são os atributos que dão legitimidade ao Poder Judiciário. Pré-julgamentos ou julgamentos precipitados são incabíveis, mas onde quer que existam coisas erradas, não haverá tolerância ou condescendência”, disse o presidente do STF.

Cinco desembargadores foram afastados durante a deflagração da operação, incluindo o presidente do TJ-MS, Sérgio Fernandes Martins, por 180 dias.

Os magistrados foram proibidos de terem acesso a órgãos públicos, proibição de se encontrarem e uso de tornozeleira eletrônica. 

Foram afastados dos cargos: o presidente do TJ, Sérgio Fernandes Martins, os desembargadores Vladmir Abreu, Sideni Pimentel (eleito para comandar o TJ a partir de 2025), Alexandre Aguiar Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues. Além deles, o conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de MS), Osmar Jeronymo, também foi afastado do cargo.

Também estão na lista de investigados advogados, desembargador aposentado, ex-procurador-municipal e servidores do Judiciário.

Foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá/Mato Grosso. A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da operação ‘Mineração de Ouro’, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

Conteúdos relacionados

Prefeitura de Jardim suspende férias de servidores até 2 de janeiro de 2025 (PMJ, Divulgação)
Vista aérea de Jardim, onde ponto facultativo deve encerrar o ano de 2024 (Subcom- MS, Divulgação)