O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), deflagrou nesta quarta-feira (31) a Operação Oscurità, cumprindo seis mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã.

A investigação conduzida pela 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande, com o apoio do GECOC, foi iniciada diante da descoberta de um esquema criado para desvio do dinheiro público repassado pelo Estado de Mato Grosso do Sul à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, em razão de convênios firmados para o atendimento de pacientes ostomizados.

Conforme divulgado pelo MPMS, foi apurado que desde o ano de 2021, o ex-coordenador do Centro Especializado em Reabilitação da APAE direcionava as compras realizadas pela entidade, com dinheiro público, para empresas fictícias criadas por ele mesmo, em nome de terceira pessoa, meio pelo qual desviou em seu benefício particular um total apurado de R$ 8.066.745,25.

Ainda segundo as informações divulgadas, a investigação contou com a colaboração da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande e seu setor de compliance. Segundo também levantou a Associação, após o afastamento do investigado, foi registrada uma substancial redução nos custos das compras de produtos antes realizadas pelo ex-coordenador.

Este ex-coordenador também foi denunciado pelo crime de corrupção passiva, cuja denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário em 28 de junho de 2024. O termo Oscurità, do italiano, significa obscuridade, adotado diante da pretensão do investigado de obter cidadania italiana e mudar-se, ‘pedido formalizado após os desvios milionários que vitimaram o Estado e a APAE de Campo Grande’, divulgou 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de Campo Grande.