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Transparência

Ex-servidor que fazia ponte entre Agesul e esquema de Claudinho Serra quer acesso à delação da Tromper

Defesa de Thiago Rodrigues Alves recorreu à Justiça após ter pedido negado pelo MPMS
Gabriel Maymone -
Prefeitura de Sidrolândia (Henrique Arakaki, Midiamax)

O ex-servidor do governo do Estado – ligado à Agesul -, Thiago Rodrigues Alves, “Thiago Nanau”, pediu acesso às delações premiadas da Operação Tromper – que apura esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia, chefiado pelo vereador do PSDB, Claudinho Serra, genro da prefeita Vanda Camilo.

Ele é denunciado sob acusação de fazer ponte entre os esquemas de corrupção que seriam comandados pelo vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), e verbas liberadas pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Assim, a defesa de Thiago pede acesso à delação premiada de Tiago Basso da Silva (ex-servidor municipal de Sidrolândia) e Ana Claudia Alves Flores (ex-pregoeira do Consórcio Central indicada pela prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo).

Conforme o advogado de Thiago, Fábio de Melo Ferraz, o acesso às colaborações foi negado pelo MPMS.

O empresário Ricardo José Rocamora Alves também já havia entrado com pedido para ter acesso à delação. Rocamora ficou foragido por oito meses, desde julho de 2023, e foi capturado em Paranaíba, a 408 km de Campo Grande, no último mês de abril. Ele ganhou liberdade no fim de abril, junto com outros sete presos na terceira fase da Operação Tromper

Os crimes imputados a Rocamora são os de fraude em procedimento licitatório, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e peculato.

O que diz a denúncia contra Thiago

Thiago Rodrigues Alves fazia ponte entre os esquemas de corrupção que seriam comandados pelo vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB) e verbas liberadas pela Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), indica o MPMS.

O suposto esquema de corrupção foi armado na Prefeitura de Sidrolândia, onde a sogra do vereador tucano, Vanda Camilo (PP), é prefeita.

O que a investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) aponta é que algumas empresas que integravam a organização criminosa teriam Thiago como um gestor.

Por meio das mensagens de WhatsApp, foi identificada ligação entre Thiago, Claudinho e também Tiago Basso, ex-servidor de Sidrolândia preso na segunda fase da operação.

Em uma dessas mensagens, Thiago diz que teria falado com o ‘chefe’, como o grupo chama Claudinho Serra, e que ele autorizou 5 mil litros de combustível. A partir disso, ele acionou o servidor municipal Tiago Basso para cumprimento da decisão.

“Por meio das conversas, constatou-se que Thiago Rodrigues Alves atua diretamente perante a AGESUL, mesmo tendo contratos licitatórios com a Prefeitura de Sidrolândia”, aponta o Gecoc.

Thiago foi nomeado em 2020 e ocupava cargo na Segov (Secretaria de Governo), com rendimentos de R$ 15.888,47, conforme dados do portal da transparência. Em 30 de abril de 2021, ele foi exonerado.

AR Pavimentação e Sinalização: empreiteira implicada

Ainda na peça, Thiago é citado como pessoa ligada à empresa AR Pavimentação e Sinalização (CNPJ 28.660.716/0001-34), do empresário Edmilson Rosa. Em março de 2022, Thiago teria enviado mensagens para Tiago Basso sobre os 5 mil litros de combustível liberados para a empresa.

Já em agosto de 2022, Thiago Alves envia mensagens para Tiago Basso, questionando sobre o envio da prestação de contas para a Agesul. Então, Basso responde que tudo “já estaria alinhado” na Prefeitura de Sidrolândia.

Com isso, Alves é orientado a entrar em contato com membros da Agesul, para liberação de recursos. Mensagens de dias depois mostram que Thiago Alves tinha ‘carta-branca’ quanto aos trâmites adotados no Executivo Municipal de Sidrolândia.

Também demonstrava que ele e outros integrantes do grupo criminoso tinham “grande influência no âmbito da Agesul/MS”, conforme relatado na investigação. Licitação investigada entre Sidrolândia e a AR Pavimentação, com recurso da Agesul de mais de R$ 1,7 milhão, teria sido alvo de investigação.

Essa obra seria de pavimentação da Avenida Aquidaban. Apesar da ligação indicada pelo Gecoc entre Thiago e a Agesul, ele nunca integrou o quadro de servidores ou mesmo foi cedido, conforme relatado ao Midiamax pela Agência.

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