Ex-deputado Trutis e esposa são condenados por desvio de R$ 776 mil em recursos eleitorais

Casal de políticos recorreu da decisão da Justiça Eleitoral

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
trutis e esposa denúncia
Raquelle foi candidata à deputada estadual e Trutis concorreu a deputado federal. | Foto: reprodução, redes sociais

A Justiça Eleitoral condenou o ex-deputado federal, Loester Carlos Gomes de Souza — o Trutis — e a esposa Raquelle Lisboa Alves de Souza, por gastos ilícitos durante as Eleições de 2022. O casal foi denunciado por desvio de R$ 776 mil em recursos eleitorais.

A Justiça Eleitoral julgou procedente a representação eleitoral proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral de MS. Por unanimidade, reconheceram a captação e gastos ilícitos.

Trutis tentou retorno à Câmara dos Deputados em Brasília e Raquelle concorreu a deputada estadual nas eleições gerais de 2022.

Por isso, destacaram como fundamento o art. 30-A, §2º da Lei nº 9.504/1997, que dispõe sobre a negação do diploma ao candidato que teve gastos ilícitos para fins eleitorais comprovados.

São apontados como gastos ilícitos R$ 327 mil pagos pelo ex-deputado e R$ 449 mil pagos por Raquelle. O julgamento aconteceu em 9 de setembro, quando o processo estava em segredo de justiça.

Contudo, o sigilo foi derrubado pela Justiça Eleitoral. Agora, o casal de políticos tenta recurso, ainda não julgado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Denúncia

Procuradoria Regional Eleitoral de MS informou a Justiça Eleitoral que recebeu denúncia anônima, que gerou notícia de fato eleitoral. A denúncia apontou que Trutis e a esposa haviam “desviado recursos recebidos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha/FEFC e do Fundo Partidário por meio da contratação de empresas para prestação de serviços de publicidade de suas campanhas eleitorais”.

Duas empresas foram apontadas na denúncia e teriam sido contratadas para criação de identidade visual e material de campanha dos candidatos nas Eleições de 2022.

Após depoimento de prestadores de serviço, a Justiça Eleitoral apontou “disparidade nas justificativas para os valores cobrados e na descrição dos serviços prestados”. Assim, destacou que houve “falta de transparência e consistência na prestação de contas dos representados, corroborando as alegações de irregularidades no uso dos recursos eleitorais”.

Vale lembrar que o ex-deputado tentou voltar ao Legislativo, desta vez concorreu ao cargo de vereador em Campo Grande. Contudo, nas Eleições de 2024 somou 704 votos e ficou de fora da Câmara.

Conteúdos relacionados

mpms
Prefeitura de Selvíria decretou ponto facultativo para alguns setores do funcionalismo no resto desta semana (PMS, Divulgação)
Vista aérea de Figueirão, cujo orçamento no ano que vem será de R$ 63 milhões (Divulgação)