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Transparência

Celulares em ‘modo avião’ levantam suspeita de vazamento de operação contra prefeitura do PSDB

Vereadores apontam que suspeitos de corrupção teriam sido avisados da operação por causa de exoneração e modo dos celulares
Gabriel Maymone -
MPMS revelou esquema de corrupção na gestão do prefeito do PSDB de Terenos, Henrique Budke (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Três investigados por esquema de corrupção na prefeitura de – município a 31 km de administrado por Henrique Budke (PSDB) – tentaram dificultar as investigações, segundo aponta investigação do MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

Chamou atenção dos investigadores o fato dos celulares estarem no ‘modo avião’. Isso aconteceu com todos os aparelhos do secretário de obras – que está preso -, Isaac Cardoso Bisneto, e dos empreiteiros Sansão Inácio Rezende e Genilton da Silva Moreira.

Aparelhos celulares, documentos e eletrônicos foram apreendidos durante a Operação Velatus, deflagrada no dia 13 de agosto. Vereadores levantaram a suspeita de possível vazamento de informações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). Isso porque o secretário Isaac pediu exoneração do cargo 11 dias antes da ação.

Suspeita de vazamento

“O que dá a entender? Que tinham informação privilegiada, sabiam que iam vir, por isso pediu exoneração”, disse ao Jornal Midiamax o vereador Clayton Cleone Melo Welter (PP), o Caco – 1º secretário da Câmara.

isaac secretário pedido liberdade prisão
Secretário de obras de Terenos, Isaac (Reprodução)

Em meio a essa suspeita, ao extrair dados digitais dos aparelhos, o setor técnico do MPMS se deparou com celulares no ‘modo avião’. Trata-se de uma configuração em que o celular fica incomunicável, sem sinal de telefonia ou de internet.

Além de impedir um possível rastreamento através das torres de telefonia ou por GPS, o modo também dificulta a extração de dados.

No entanto, a equipe técnica do órgão utilizou ferramentas para conseguir ter acesso aos dados. “Utilizando-se de técnicas forenses apropriadas, das melhores práticas científicas […] foi possível adquirir os dados contidos no dispositivo”, relatou ao juiz.

Os três celulares são: Iphone 14 de Isaac; Iphone 13 de Sansão e um Iphone 14 Pro Max de Genilton.

Saiba mais – ‘Vamos pegando tudo’: Empreiteiros tinham ajuda de nomeados políticos para fraudar licitações na gestão do PSDB em Terenos

A reportagem questionou o prefeito Henrique (PSDB) sobre suposta informação privilegiada e sobre os motivos apresentados pelo secretário ao pedir exoneração, mas não obtivemos resposta até o momento.

Jornal Midiamax também questionou o Gaeco sobre o possível vazamento de informações e se as denúncias seriam investigadas, mas não obtivemos retorno.

Ex-secretário de obras que ajudava empreiteiros parceiros é preso

Empreiteiro investigado por corrupção na gestão do prefeito do PSDB, Henrique Budke, após deixar delegacia (Nathália Alcântara, Jornal Midiamax)

Um dos investigados na operação é o ex-secretário Isaac Bisneto. Ele completa nesta terça-feira uma semana atrás das grades.

Isaac teve habeas corpus negado liminarmente, mas desistiu do pedido e trocou de advogado.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o secretário de obras teria aderido a suposto esquema de corrupção entre empresários investigados. Então, estaria recebendo propina em nome do pai.

Assim, investigação do MPMS obteve planilhas e comprovantes de Pix para o pai de Isaac, que recebeu R$ 21 mil de Cleberson José Chavoni Silva, R$ 2 mil de Sandro Bortoloto (da Angico) e da empresa Angico – vencedora da licitação. Todas constam na planilha denominada “Finalizado – Thiago Calçadas”.

De acordo com mensagens extraídas do aparelho de Isaac, o secretário mostrou preocupação a Hander Grote Chaves (HG Empreiteira), que não estava conseguindo uma documentação com o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de MS) para participar de licitação dada como certa.

“Eu to achando que ele não vai conseguir participar de uma licitação que era para ele ganhar um negócio de 280 mil, porque o CREA descobriu que teve esse aditivo, e tá cobrando de ter um atestado e ter um ART complementar disso aí”, disse Isaac.

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