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Transparência

Cezário usava casa da irmã como empresa de fachada para lavar dinheiro desviado da federação

Gaeco apurou que grupo de Cezário desviou mais de R$ 6 milhões em verbas públicas nos últimos anos
Gabriel Maymone, Thatiana Melo -
Gaeco esteve na casa de Cezário para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão contra o presidente da FFMS (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

A Operação Cartão Vermelho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), evidenciou esquema de desvio de dinheiro público na FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), comandado pelo presidente da entidade, Francisco Cezário de Oliveira. A investigação apontou que a sensação de impunidade por parte do mandatário era tão grande que ele utilizava até mesmo a irmã como parte do esquema.

Relatório do Gaeco que baseou a decretação de prisão do grupo de Cezário mostra que o presidente da FFMS colocou a casa da irmã como sede de uma empresa de confecção de roupas, que seria propriedade de um sobrinho de Ricardo Oliveira Pereira, diretor de Marketing da FFMS.

Os investigadores verificaram que o local não apresenta indícios ou possui características de qualquer tipo de comércio varejista, “o que denota ser uma possível empresa de fachada, utilizada para a prática de lavagem de dinheiro”.

Ainda, outro fator que reforça a participação da irmã do mandatário no esquema é o fato de que ela esteve presente em reuniões realizadas pelo grupo na casa de Cezário, “não sendo descartada hipótese de que compareceu para pegar dinheiro”, diz o relatório.

Operação prendeu mandatário do futebol de MS, Francisco Cezário (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Reuniões na casa de Cezário

O trabalho dos investigadores também apontou que Cezário realizava diversas reuniões em casa, “com o fim de supostamente organizar o esquema de desvio de dinheiro da Federação de Futebol”. 

Outro ponto é que Francisco Cezário de Oliveira “movimentava maior parte do dinheiro desviado da Federação de Mato Grosso do Sul nas contas de APARECIDO ALVES PEREIRA (‘CIDO’), UMBERTO ALVES PEREIRA (‘BETO’), MARCELO MITSUO EZOE PEREIRA, entre outros”. 

Mais de R$ 6 milhões desviados

Conforme informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle. Com isso, de setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões.

Somente durante o cumprimento dos mandados nesta terça-feira foram apreendidos mais de R$ 800 mil, inclusive em notas de dólar. Revólver e munições também foram apreendidos.

Esses valores eram distribuídos entre os integrantes da organização criminosa. O esquema se estendia também a outras empresas que recebiam altas quantias da federação. Assim, parte dos valores era devolvida ‘por fora’ ao grupo.

Além disso, a organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

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