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Transparência

Após ficar foragido, empreiteiro investigado na Operação Laços Ocultos é preso em MS

Operação denominada Laços Ocultos, do Gecoc, com apoio do Gaeco, foi deflagrada em novembro de 2023
Mariane Chianezi -
(Divulgação/PCMC)

Um dos alvos da Operação Laços Ocultos, que evidenciou um esquema de fraudes em licitações esquematizado em Amambai, mas com vínculos em outras cidades de Mato Grosso do Sul, empreiteiro Júlio Arantes Varoni, foi preso nesta sexta-feira (29), em Corguinho, a 77 km de .

Conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax, Júlio foi detido na área rural da cidade e permanece preso na Delegacia de Polícia Civil da cidade. Ele deverá ser transferido para Campo Grande.

Júlio Arantes Varoni, dono da Mariju Engenharia (CNPJ 06.011.516/0001-18), foi considerado foragido após ter mandado de prisão preventiva emitido por juiz. No entanto, a defesa de Júlio alegou que ele não era considerado foragido, porque o endereço que consta no mandado de prisão tem erro, argumentando culpa do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

A defesa chegou a pediu a revogação da prisão preventiva. Na decisão do desembargador relator Luiz Claudio Bonassini da Silva é apontada suspeita de crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

O desembargador apontou que Júlio foi sócio de outras empresas investigadas e teria celebrado vários contratos com , por meio de licitações que seriam fraudulentas. Júlio também teria feito várias transações financeiras com outras pessoas investigadas. Para o desembargador, havia a necessidade de prisão. “Cumpre mencionar que o representado, após a deflagração da operação, empreendeu fuga, deixou seu domicílio, e atualmente está foragido, furtando-se à aplicação da lei penal”, diz a decisão.

Operação Laços Ocultos

A operação denominada Laços Ocultos, do Gecoc, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumpriu mandados contra grupo especializado na fraude de licitações em novembro de 2023.

Conforme detalhado pelo Gecoc, foram 6 mandados de prisão preventiva e 44 de busca e apreensão. Mandados foram cumpridos nas casas dos investigados, ainda na Prefeitura de Amambai e no gabinete do vereador, de onde foram apreendidos documentos.

A investigação identificou que a organização criminosa atuava há anos fraudando licitações públicas, voltadas para contratação de empresas especializadas em obras e serviços de engenharia em Amambai.

Essas empresas estariam ligadas a familiares dos servidores, com sócios ocultos. Nos últimos 6 anos, os valores dos contratos ultrapassaram os R$ 78 milhões.

Duas das empresas têm atualmente mais de 20 contratos vigentes com o município. Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente, detectaram ainda o superfaturamento e inexecução parcial.

Ainda mais, o Gecoc identificou pagamento de propina das empresas do grupo criminoso em benefício dos parlamentares e servidores públicos responsáveis pela fiscalização dessas obras.

A operação contou com apoio operacional do Batalhão de Choque, do Bope (Batalhão de Operações Especiais), DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da Força Tática da Polícia Militar. O nome da operação, Laços Ocultos, se deu pelo vínculo entre os investigados.

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