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Transparência

Após ‘enrolar’ Justiça, Claudinho Serra é intimado em ação por corrupção

Vereador licenciado do PSDB é apontado pelo MPMS como o chefe de esquema de fraudes em Sidrolândia
Gabriel Maymone -
claudinho serra corrupção
Ex-vereador Claudinho Serra (Divulgação, CMCG)

Apontado como chefe da corrupção em – a 70 km de -, o vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra, foi intimado a apresentar defesa sobre as acusações feitas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). A intimação se deu após oficial de Justiça não conseguir encontrar o réu e a defesa do tucano apresentar novo endereço à Justiça.

O oficial de Justiça estava com o mandado em mãos para realizar a intimação desde abril. Mas, somente no início de agosto é que a defesa de Claudinho informou o novo endereço à Justiça.

Então, somente no dia 19 de agosto é que o vereador do PSDB foi intimado. Assim, Claudinho tem 10 dias processuais para apresentar resposta à acusação. Ele é acusado de praticar os seguintes crimes enquanto era secretário de fazenda da sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP), em Sidrolândia:

Organização criminosa, fraude a licitação por seis vezes, fraude de contrato, peculato e concurso material de crimes.

vanda camilo
Vanda Camilo (PP) e o genro, Claudinho Serra (PSDB). (Reprodução, Redes Sociais)

Claudinho não vai tentar reeleição

Réu por chefiar corrupção na gestão de Vanda Camilo (PP) em Sidrolândia, Claudinho Serra não tentará a reeleição para vereador em Campo Grande.

O prazo para registrar candidatura terminou no dia 15 de agosto, sem o envio do registro de Claudinho Serra. Logo, ele não concorrerá.

O tucano está com tornozeleira eletrônica desde 26 de abril, após ficar 23 dias preso em Campo Grande.

Desde maio, Claudinho está de licença não remunerada para ‘tratar de assuntos particulares’.

Tratado como pupilo de lideranças tucanas nas últimas eleições, Claudinho havia conquistado apenas 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu uma cadeira após manobras do partido.

Justiça ‘relaxa’ cautelares contra grupo chefiado por Claudinho Serra

Oito investigados que pertencem ao grupo criminoso chefiado pelo vereador do PSDB licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra, conseguiram afrouxamento de medidas cautelares impostas para deixarem a prisão.

Conforme decisão do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, estão livres da exigência de só deixar a comarca de domicílio com autorização judicial prévia.

No entanto, o magistrado deixa claro que continua vigente a regra de recolhimento domiciliar noturno. Ainda, o horário para permanecer em casa foi alterado, passando das 20h para às 22h até às 6h, inclusive feriados e fins de semana.

Então, quatro meses após deixar a prisão, os réus permanecem com as demais condições impostas como uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal em juízo, não manter contato com demais investigados, não frequentar bares ou restaurantes, locais com aglomeração de pessoas e nem ingerir bebida alcoólica.

Os investigados que são afetados pelas flexibilizações são:

  • Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho – vereador do PSDB apontado como o ‘chefe’ da corrupção em Sidrolândia
  • Carmo Name Júnior – Assessor de Claudinho apontado pelo MPMS como o recolhedor da propina para Claudinho
  • Ueverton da Silva Macedo – Apontado como ‘líder empresarial’ que operava o esquema para Claudinho
  • Ricardo José Rocamora Alves – Empresário que ‘abraçava’ maiorias das notas do esquema
  • Milton Matheus Paiva Matos – empresário
  • Ana Cláudia Alves Flores – ex-pregoeira da prefeitura de Sidrolândia
  • Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa – ex-chefe de licitações de Sidrolândia
  • Thiago Rodrigues Alves – fazia ponte do esquema de Claudinho e verbas liberadas pela Agesul

Vereador do PSDB comandou esquema de corrupção em Sidrolândia

Prefeitura de Sidrolândia após operação contra corrupção (Henrique Arakaki, Midiamax)

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Saiba mais: ‘Ele não tem fim’: organização se preocupou com possível nomeação de Claudinho no Governo de MS

Claudinho Serra e outros 21 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.

O vereador é acusado de chefiar um suposto esquema de corrupção e de fraudes a licitações enquanto era o chefe da Secretaria de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, durante a gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). 

Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígenaabastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresáriosOs valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”. 

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