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Transparência

Após adiamentos, Justiça julga ex-diretor do HRMS e prefeito do PSDB por desvio de R$ 20 milhões

Julgamento foi marcado para esta quinta-feira (31) após transferência do ex-diretor para novo presídio
Dândara Genelhú -
hrms julga desvios
Rehder (acima) e Aldenir são réus por desvios quando eram diretores do HRMS (Reprodução, Ana Laura Menegat/ Midiamax)

Após dois adiamentos, a Justiça de julga nesta quinta-feira (31) os ex-diretores do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rehder dos Santos Batista e Aldenir Barbosa do Nascimento (). Os dois são réus em ação por improbidade administrativa e acusados de desviar R$ 20 milhões do hospital.

Aldenir, conhecido como Guga, é o atual prefeito de . Previsto inicialmente para 5 de setembro, o julgamento foi adiado a pedido da defesa de Rehder.

Conforme pedido da defesa naquele mês, o ex-diretor está preso em Itajaí (SC) e não poderia participar do julgamento. Então, a Justiça acatou o pedido e determinou audiência para 22 de outubro.

O ex-diretor participaria por videoconferência. No entanto, a audiência foi novamente adiada. Isso porque Rehder foi transferido do presídio em que se encontrava. Além disso, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa afirmou que a data coincidia com a “apresentação da dissertação de mestrado do titular desta vara”.

Investigado é reeleito

Guga concorreu à reeleição este ano e figurou como único candidato nas eleições de 2024 em Novo Horizonte do Sul, município ao sul de MS distante 326 km de . Ele foi reeleito pela maioria dos eleitores em 6 de outubro.

Conforme noticiado pelo Jornal Midiamax recentemente, Rehder foi preso em junho, em Itajaí, Santa Catarina, onde estava morando. O desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, da 3ª Câmara Criminal, expediu mandado de prisão preventiva.

Também são réus no processo os empresários Luiz Antônio Moreira de Souza e Michela Ximenes Castellon, proprietários da Novos Ciclos Produtos e Equipamentos para Saúde Ltda.

Grupo simulava compra de medicamentos

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Rehder, juntamente com o ex-diretor administrativo e financeiro do hospital na época, Aldenir, praticaram os desvios juntamente com os empresários.

Estoque no HRMS (Reprodução, MPMS)

Ao menos quatro denúncias contra Rehder e Aldenir tramitam no (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) por suspeita de desvios do HRMS. Os valores ultrapassam os R$ 20 milhões desviados no período de 4 anos.

As ações do MPMS indicam que os dois, então servidores da Funsau (Fundação Serviços de Saúde), atuavam com mais servidores e também com empresários, donos de lojas de venda de medicamentos.

Desta forma, o grupo simulava a compra de vários tipos de medicamentos e também materiais hospitalares, mas esses produtos nunca chegavam. Mesmo assim, inseriam os dados falsos no sistema, como se os produtos dessem entrada e também saída.

Acontece que esses produtos nunca chegaram ao hospital, mas as empresas receberam. Essas, por sua vez, emitiam notas falsas e depois dividiam os valores com os servidores.

Em uma das ações apresentadas pelo MPMS, conversas entre Rehder e um empresário, que chegou a ser detido em flagrante na Operação Parasita, são expostas. Em trechos, é possível ver o empresário negociando a entrega de um Prisma para o servidor.

Policial do Gaeco na Operação Parasita (Henrique Arakaki, Arquivo Midiamax)

Medicamentos não chegavam ao HRMS

Em uma das denúncias, datada de abril, o MPMS indica que o grupo criminoso simulou em 2016 a compra de kits de imunotestes de metotrexato.

Porém, uma funcionária acabou estranhando a grande quantidade de kits comprados. Segundo dados identificados nos sistemas do HRMS, a média anual de consumo desses kits era de 5 por ano, considerando que cada kit tinha 100 testes.

No entanto, os suspeitos teriam feito a compra de 90 kits em 2016, o que duraria ao menos 18 anos. Mesmo assim, eles deram entrada nos produtos no sistema e, no mesmo dia, deram baixa nos 9.000 testes.

Foi comprovado que, em 2016, foram feitos apenas 141 exames daquele tipo. Ou seja, menos de 2 kits foram utilizados.

Neste ano, foram oferecidas denúncias em abril, março e a última em julho. Em todas, os valores dos desvios apresentados são milionários, chegando ao total de R$ 22.099.083,20.

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