Uma servidora do Hospital Municipal de Bonito, o Hospital Darcy João Bigaton, é acusada de usar a doença de uma colega para arrecadar fundos em benefício próprio. Ela é investigada e deve responder a procedimento administrativo.

Conforme detalhado em recomendação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio dos promotores Alexandre Estuqui Júnior e Ana Carolina L. M. Castro, a funcionária se valeu do cargo de superioridade hierárquica para iniciar a ‘vaquinha fraudulenta’.

Na recomendação publicada no Diário Oficial do MPMS, os promotores apontam que uma colega da suspeita foi diagnosticada com câncer de mama. Assim, fingindo que arrecadaria fundos para custear o tratamento da colega, a servidora iniciou a vaquinha.

Os valores foram recolhidos de médicos e vários outros colegas do hospital. Havia doações de quantias superiores a R$ 4 mil e comprovantes de transferências e também prints de WhatsApp foram anexados aos autos.

Por isso, foi aberto o processo administrativo para acompanhar as providências disciplinares a serem adotadas pela administração do hospital e também pelo Município de Bonito.

Os promotores recomendaram que seja aberto o processo administrativo disciplinar, para que sejam aplicadas as penalidades à funcionária, com suspensão das atividades e afastamento do cargo.

Ainda mais, se for o caso, deve ser aplicada penalidade de afastamento definitivo do cargo e demissão.

Dinheiro foi repassado

Em contato com o Midiamax, a servidora esclareceu que os valores da vaquinha foram devidamente repassados para a colega, que está em tratamento. Constam documentos que comprovam os PIX feitos nos dias 9 e 29 de agosto.

Os valores arrecadados ultrapassam os R$ 5 mil. O inquérito do MPMS está sob sigilo e não até o momento informação se o procedimento continuará tramitando.

*Matéria editada às 11h20 para acréscimo de posicionamento